A deliciosa história da Santini, contada por Eduardo, neto de Attilio A deliciosa história da Santini, contada por Eduardo, neto de Attilio

A deliciosa história da Santini, contada por Eduardo, neto de Attilio

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Com quase 75 anos de história, a Santini é a mais conhecida geladaria artesanal em Portugal e, com a chegada do calor, é difícil resistir aos seus sabores.


Publicado em 30-Mai-2023

Não é fácil ouvir Eduardo Santini Fuertes falar sobre a Santini. Especialmente quando começa por explicar que “o calor pede sabores frescos” e que se começa a aproximar a época de muitas frutas, “da cereja e logo da uva. Primeiro ainda vai aparecer o pêssego paraguaio e depois o nosso pêssego encarnado…” Sabores que por força da sazonalidade, e da insistência em usar apenas fruta fresca, desaparecem dos balcões da geladaria há quase um ano. As saudades são muitas e a vontade de correr para a Santini mais próxima é grande. Felizmente são já várias lojas em Cascais, Lisboa e até no Porto.

Foi em 1949 que Attilio Santini abriu as portas daquela que viria tornar-se na mais famosa geladaria nacional. No primeiro dia os gelados foram por conta da casa, mas no dia seguinte, e em todos os outros depois disso nunca faltaram clientes para comer “os melhores gelados do mundo”, como rapidamente lhes chamaram. Entre esses clientes estavam muitos membros das famílias reais europeias que viviam entre Cascais e o Estoril. A capa da revista italiana Epoca, com a princesa Maria de Beatriz de Saboia a comer um gelado na Santini ajudou a cimentar a fama dos seus sabores, dentro e fora de portas, tal como fez mais recentemente o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, agora nos ecrãs da televisão. Attilio Santini pertencia já a uma família com tradição nos gelados, mas foi uma verdadeira dinastia que deixou em Portugal: hoje é o seu neto quem gere os destinos da empresa e, a julgar pelos sabores que já começaram a criar, o jeito para o negócio corre também no sangue dos filhos de Eduardo, a quarta geração de Santinis em Portugal.