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Impacto da “Fast Fashion” no ambiente e alternativas sustentáveis

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Publicado em 11-Jun-2024

A “fast fashion” (“moda rápida” na sua tradução literal em português) permite que os consumidores tenham acesso a peças de vestuário mais baratas para que estejam sempre “in” em qualquer momento.

Contudo, andar “na moda” com produtos de fast fashion acaba por ter um custo bastante alto para o planeta a que chamamos casa.

Tal como acontece com o negócio de “fast food”, as peças de vestuário e calçado fast fashion saem em catadupa das linhas de produção e, num esfregar de olho, tanto estão a vestir o nosso corpo, como a colorir os nossos caixotes do lixo, algo que acaba por ter um enorme impacto ambiental.

Isto acontece porque os materiais utilizados na fast fashion são mais fracos e, como tal, mais baratos, acabando por serem descartados com maior rapidez pelos consumidores.

A produção massiva característica da fast fashion leva, assim, a um grande desperdício de materiais, ao aumento da poluição e a uma predação dos recursos naturais.

A poluição e o desperdício gerados são, como veremos já de seguida, apenas duas das facetas do impacto da fast fashion no ambiente, já que esta moda exerce uma pressão enorme não só sobre os ecossistemas, mas também sobre a vida dos trabalhadores.

Descubra de que forma, assim como alternativas à “fast fashion” neste guia do UNIBANCO da marca UNICRE – Instituição Financeira de Crédito, S.A..

Impacto da fast fashion no ambiente

No momento em que a sustentabilidade está “in”, a fast fashion está a caminho de estar “out”, algo que muito se deve à:

• Alta taxa de resíduos têxteis produzidos

Vários estudos mostram que os consumidores têm uma maior tendência a mandar para o lixo roupas mais baratas do que as mais caras.

A reciclagem acaba por também não ser uma solução, uma vez que os tecidos utilizados na moda rápida são feitos com fibras descontínuas cujo único destino depois de usados é o aterro.

De acordo com os dados da União Europeia, todos os anos, os consumidores europeus consomem, em média, cerca de 26 kg de produtos têxteis e deitam fora cerca de 11 kg, a maioria dele (87%) é incinerado ou depositado em aterros.

• Emissões de CO₂

Estima-se que a indústria da fast fashion esteja na origem de 10% das emissões de CO2 a nível mundial, percentagem que ultrapassa setores tão poluentes como o transporte aéreo ou o transporte marítimo.

Segundo a Agência Europeia do Ambiente, a compra de produtos de fast fashion gerou, só em 2017, cerca de 654 kg de emissões de CO2 por pessoa, número que vem realçar a necessidade de uma revolução nos hábitos de consumo dos cidadãos europeus.

• Poluição da água

Além da emissão de gases de efeito de estufa, a moda rápida também contribui para a poluição dos oceanos e dos reservatórios de água doce existentes, uma vez que as suas fibras são sintéticas e libertam microplásticos.

Aos microplásticos juntam-se ainda os produtos químicos altamente tóxicos que são utilizados para colorir os tecidos que, uma vez despejados em aterros, podem infiltrar canais de água subterrânea.

• Mão-de-obra escrava

Como referimos, a poluição não é o único flagelo que acompanha a moda rápida.

Para conseguirem preços mais de produção mais baixos e sujeitam-se a uma legislação ambiental mais relaxada, gigantes da moda rápida deslocalizam a sua produção para países onde os direitos dos trabalhadores são uma miragem e onde não lhes é exigido o cumprimento de qualquer pressuposto ambiental.

Qual a alternativa à fast fashion?

Felizmente, não estamos condenados ao ciclo interminável de consumo-desperdício-mais produção.

A maior consciência ambiental de consumidores e marcas está, paulatinamente, a mudar o paradigma de consumo existente trocando o descartável por materiais de moda ecológicos mais duradouras e sustentáveis do ponto de vista ecológico e social.

Para além da aposta em fibras recicláveis, muitas marcas de moda sustentáveis já se comprometem não só com a recolha e reciclagem de roupa usada, mas também com linhas de produção que garantem todas as condições de higiene e salubridade, contratos de trabalho que respeitam as leis laborais e recurso a fornecedores que, por sua vez, também cumprem com todas as obrigações a que a legislação ambiental e laboral obriga.

Se quer ajudar a mudar este paradigma e contribuir para uma Moda mais sustentável, pode começar por:

– Comprar menos roupa, mas com uma maior qualidade, durabilidade e, de preferência, com selo ecológico;

– Doar as roupas que já não usa;

– Reciclar a roupa que não utiliza dando-lhe uma nova vida;

– Aproveitar sites como o OLX ou a Vinted para vender a sua roupa usada;

– Evitar compras por impulso.

Como comprar sem “fast fashion”

Uma alternativa prática e financeiramente acessível à fast fashion é investir em peças de maior qualidade e durabilidade. Para facilitar essa mudança, o cartão de crédito UNIBANCO oferece a opção “trividir“, que permite dividir o valor das suas compras superiores a 150€ em três vezes sem juros, caso pague os fracionamentos na totalidade.

Esta funcionalidade é especialmente útil para adquirir roupas sustentáveis que, apesar de terem um custo inicial mais elevado, oferecem maior longevidade e um menor impacto ambiental. Com o UNIBANCO, pode transformar seu guarda-roupa com responsabilidade, sem comprometer o seu orçamento mensal.