Os 10 melhores parques da Europa Os 10 melhores parques da Europa

Os 10 melhores parques da Europa

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Cenários idílicos nos quais Homem e natureza ainda vivem em harmonia, estes são os mais belos parques naturais da Europa. Para ver (pelo menos) uma vez na vida.


Publicado em 30-Set-2022

A fama da Europa como destino turístico faz-se de grandes cidades históricas como Paris, Londres, Roma ou Veneza. Mas espalhados ao longo do continente vamos também encontrar incríveis cenários de beleza natural. Lugares onde o Homem soube respeitar a natureza e que, pela sua rica biodiversidade, foram considerados tão importantes que mereciam ser protegidos e preservados para as gerações futuras.

Ao todo, existem mais de 500 parques e reservas naturais em toda a Europa, o que dificulta um pouco a tarefa de os conhecer a todos, por isso, selecionámos estes 10 magníficos lugares que ninguém devia perder. Pelo menos uma vez na vida. Calce as suas melhores botas de caminhada e vamos a isso!

Parque Nacional Vatnajökull, Islândia

Os 10 melhores parques da Europa | Unibanco

Para muitos, a Islândia ainda é um lugar remoto, de difícil acesso, mas, com a abertura de voos diretos entre Lisboa e Reiquiavique, as duas capitais ficaram a pouco mais de quatro horas de distância. Sensivelmente o mesmo tempo que demora a chegar a este parque lá bem no Norte – de nome impronunciável, obviamente –, mas que ocupa quase 10% da ilha e é, surpreendentemente, o maior parque nacional da Europa. O Vatnajökull oferece tudo o que podíamos esperar da “Terra do Fogo e do Gelo”: glaciares e lagos gelados (Jökulsárlón), cavernas mágicas como a Skaftafell, fontes termais de água quente e atividade vulcânica. Perfeito para ficar maravilhado com a força da natureza intocada. O parque está aberto o ano inteiro, mas será preferível evitar os meses mais frios e escuros.

Parque Nacional da Suíça Saxónica, Alemanha

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O nome pode confundir, sobretudo porque não fica sequer perto da Suíça, e sim junto à fronteira com à Chéquia. Mas depois de ultrapassarmos a questão do nome, não há nada de confuso neste impressionante parque natural, rodeado de montes e florestas antigas e muito marcado pelas peculiares montanhas de arenito do Elba. Uma das formações rochosas mais famosas, no entanto, tem mão humana: a ponte de Bastei é um cartão-postal do parque e atravessá-la é uma experiência impressionante, na qual somos brindados com algumas das vistas mais bonitas do parque. Mas há muito mais para ver aqui, incluindo cidades termais e pitorescos mercados, em qualquer altura do ano desde que faça sol.   

Parque Nacional das Calanques, França

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Calanques é um dos parques mais recentes em toda a Europa, tendo sido criado apenas em 2012. Fica situado no Sul de França, em Bouches-du-Rhône, ou Bocas do Ródano, na zona de Marselha, e é um lugar muito especial pela sua localização, ao longo da costa mediterrânica. Calanques é, precisamente, o nome dado às típicas baías e enseadas escarpadas, e o parque protege uma diversidade incrível de fauna e flora, tanto terrestre como marítima, assim como as próprias comunidades costeiras. Aliás, a pitoresca vila piscatória de Cassis é uma das portas de entrada mais famosas do parque, e dali é possível fazer o caminho a pé para Port-Miou e Port-Pin, até à Calanque d’En-Vau, regressando depois ao ponto de partida. Vistas deslumbrantes e, idealmente, alguma paragem refrescante para um mergulho nas águas azuis do Mediterrâneo. Ir fora da época alta, mas quando o tempo está bom.

Parque Nacional Gran Paradiso, Itália

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O nome, aqui, não engana: estamos mesmo num Gran Paradiso de vida selvagem, e rodeados de paisagens deslumbrantes que se estendem por cinco vales. Foi o primeiro parque a ser declarado em Itália, e surgiu da necessidade de salvar o impotente íbex alpino, então praticamente extinto em consequência da caça excessiva. Hoje, os íbex já não correm esse risco e não será difícil ver uma das famílias que habitam o parque em total liberdade, junto com as camurças (sim, são cabras e não casacos). O parque pode ser visitado em qualquer altura do ano, sendo que a prática de desportos de inverno é muito comum e o trekking é para fazer com sapatos de neve.

Parque Nacional dos Lagos Plitvice, Croácia

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A Croácia é certamente mais conhecida pela sua costa adriática, mas depois de um mergulho no mar, que tal dar um salto até ao Parque Nacional dos Lagos Plitvice? Para os fãs de cataratas, há poucas mais espetaculares do que estas. Situado num desfiladeiro, o parque estende-se por 16 lagos por onde a água vai descendo, entre uma fauna luxuriante de mil cores, ao sabor das estações. A maioria das quedas de água não é muito grande, mas a Veliki Slap impressiona com os seus 78 metros de altura. Classificado como património da UNESCO, é possível admirar de perto a cor azul-turquesa destas águas e muitas das cataratas pelos passadiços que percorrem o parque e, apesar de não ser possível nadar nos lagos, pode-se andar de barco no Kozjak, o maior dos lagos.

Parque Nacional Göreme, Turquia

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Na Turquia, o Göreme oferece uma paisagem inacreditável de formações rochosas, em forma de pináculos, que se foram formando com o passar dos milénios por erosão dos elementos.  A população local chama-lhes carinhosamente “chaminés de fadas” e, surpreendentemente, adotou muitas como suas casas.
Diz-se que a melhor forma de apreciar o Göreme é visto de cima, num balão de ar quente ao final da tarde, e por certo é uma visão que nos enche o coração, mas só caminhando pelas ruas cá em baixo podemos apreciar as casas, as igrejas, e todos os outros edifícios que fazem esta aldeia/gruta.

Parque Nacional Loch Lomond & The Trossachs, Escócia

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Lochs e glens, ou lagos e vales, são certamente duas coisas que os visitantes vão querer ver na Escócia, logo a seguir a um copo de whisky. E isso é claramente o que se encontra neste parque criado à volta do grande lago, com a sua paisagem de turfa típica das Terras Altas. Aliás é o que Trossachs significa; as Highlands. No lago, pode-se passear de barco, andar de caiaque, visitar muitas das pequenas ilhas e até pescar, ao passo que as Trossachs foram feitas para caminhar, andar a cavalo ou de bicicleta. Quem quiser, e já que se está na Escócia, pátria do golfe, encontra seis campos por aqui, alguns centenários e para lá disso. Infelizmente, nunca ninguém viu um Nessie por estas bandas. Até agora…

Parque Nacional de Gargano, Itália

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De regresso a Itália, mas desta vez longe dos Alpes e para mais perto do mar. O Parque Nacional Gargano ocupa a maior parte do promontório que estende a região de Puglia para dentro do mar e é conhecido sobretudo pelos seus penhascos brancos que se elevam do mar, pelas grutas costeiras, que se exploram melhor a partir do mar, ou pelas ilhas Tremiti, perfeitas para nadar no Adriático. Mas há muito para ver em terra, também, como as incríveis vilas costeiras de Vieste e Peschici ou, mais surpreendente, a Foresta Umbra, uma velha floresta (a maior de Itália) muito densa, que nos transporta para outro mundo.

Parque Nacional Timanfaya, Lanzarote

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A ausência de vegetação, o terreno agreste, as diferentes cores ocres e a silhueta dos vulcões contribuem definitivamente para criar um parque único, pelo tipo de paisagem que oferece. O Timanfaya é a maior atração de Lanzarote, depois das praias de água quente, e resulta das erupções vulcânicas que aconteceram na ilha entre os anos 1720 e 1736 e em 1824, e tem uma vertente eminentemente geológica, por isso não deixe de visitar o centro de interpretação, antes de se meter a caminho das Montañas del Fuego e dos vulcões mais emblemáticos da ilha. Aí pode inclusivamente experimentar a gastronomia local, cozinhada no calor do vulcão. Os passeios de camelo são outro dos ex-libris do parque, e uma alternativa à caminhada pura e dura.
Apesar de estar fora do parque, não deixe também de visitar a Casa Saramago, onde o escritor viveu os últimos anos de vida.

Parque Nacional da Peneda-Gerês, Portugal

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Last but not least… Portugal tem 14 parque naturais, mas só um tem a importância de ser considerado nacional: a Peneda-Gerês (que está, também, na foto de abertura deste artigo). Cobrindo uma extensão superior a 72 mil hectares, do Minho a Trás-os-Montes, é um parque magnífico e ainda abriga as últimas populações de lobos, e cavalos selvagens, os famosos garranos, de Portugal. Mais fáceis de avistar e, se calhar tão interessantes são as manadas de vacas mirandesa e barrosã. Não deixe de visitar o Lindoso, com os seus espigueiros, Soajo ou Castro Laboreiro, aldeias muito autênticas e que conservam ainda o charme e as vivências de antigamente. Não perca a estrada romana, que em tempos ligava Bracara Augusta, a cidade mais importante da região, a Asturica Augusta (hoje Astorga, em Espanha). Se o tempo estiver bom, não deixe de mergulhar nas muitas cascatas do parque, como a do Tahiti, da Portela do Homem ou do Arado. E, se as agruras do caminho deixarem mazelas, pode sempre descansar o corpo nas termas do Gerês.