5 formas de reduzir as dívidas de forma eficaz 5 formas de reduzir as dívidas de forma eficaz

5 formas de reduzir as dívidas de forma eficaz

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Publicado em 08-Jul-2024

Não vamos cair no exagero de dizer que as dívidas são tão naturais como a nossa sede, mas a verdade é que basta um pequeno azar na vida ou um planeamento financeiro feito de forma errada para que elas apareçam e condicionem o nosso orçamento.

Quando isto acontece, o mais importante é não cair num falível “método da bola de neve”, isto é, não tentar saldar uma dívida contraindo uma outra e, o mais rapidamente possível, reduzir as dívidas.

5 formas eficazes de reduzir as suas dívidas

Falar é fácil, mas como é que conseguimos uma redução do endividamento de forma simples e eficaz?

É o que vamos revelar já a seguir.

1ª Apostarmos na consolidação de dívidas

Quando os créditos ao consumo se vão acumulando fazendo a nossa taxa de esforço aumentar e, consequentemente, pressionar o nosso orçamento mensal, é possível que esteja na hora de partirmos para a consolidação de dívidas com um crédito consolidado.

Na prática, esta solução de crédito vai juntar todos os nossos créditos ao consumo num só com melhores condições do que os créditos anteriores, nomeadamente uma taxa de juro mais baixa, uma prestação reduzida e um prazo de reembolso mais alargado.

Além desta redução nas taxas de juro e, consequentemente, da prestação mensal a pagarmos, através do recurso a um crédito consolidado podemos ter ainda acesso a um financiamento extra para utilizarmos como bem entendermos.

Em termos de funcionamento, depois de contextualizarmos um crédito consolidado, a instituição bancária vai liquidar todos os créditos anteriores que tivermos e ficar como nossa única credora garantindo-nos, de permeio, uma prestação mais reduzida e fixa ao longo do contrato e um prazo de reembolso mais longo.

De sublinhar que, no âmbito da contratualização de um crédito consolidado, podemos reduzir o valor da nossa prestação em quase 60%, algo que vai ter implicações diretas na nossa taxa de esforço.

Por exemplo, vamos imaginar que temos dois créditos ao consumo no valor total de 15 mil euros que nos obrigam ao pagamento mensal de prestações no montante global de 800 euros.

Como o rendimento do nosso agregado familiar é de 1600 euros, a nossa taxa de esforço será de:

Taxa de Esforço = Encargos financeiros com as prestações de crédito / Rendimento Líquido Total do Agregado x 100

  • Taxa de Esforço: 800/1600 x 100 = 50%

Se decidirmos recorrer ao UNIBANCO pedindo 15 mil euros a pagar em 84 meses, o simulador de crédito consolidado que encontramos na página de crédito consolidado UNIBANCO vai dar-nos uma prestação mensal de 281 euros.

Com esta prestação, a nossa nova taxa de esforço será de:

  • Nova Taxa de Esforço com o Crédito Consolidado UNIBANCO: 281/1600 x 100 = 17,5%

Como vemos, com a consolidação de créditos, podemos reduzir as nossas prestações mensais em mais de 500 euros, dinheiro que será bem-vindo para vivermos mais confortavelmente.

Nota: para podermos recorrer a um crédito consolidado, torna-se necessário que tenhamos, no mínimo, dois créditos ao consumo, ainda que não estejamos em incumprimento e apresentemos uma situação profissional estável.

2ª Reduzirmos as nossas despesas fixas

É da mais elementar educação financeira que, quando as dívidas se acumulam, um dos primeiros passos a darmos seja reduzir as nossas despesas fixas.

Para levarmos este ensinamento à prática, devemos utilizar os simuladores online que as entidades reguladoras da energia e das telecomunicações e a DECO Proteste colocam ao nosso dispor.

No caso do gás e da eletricidade, a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) oferece-nos um simulador que nos permitirá fazer comparações entre todos os fornecedores de energia do mercado liberalizado e regulado português.

Ainda no campo da energia, também podemos pedir uma redução da potência contratada, algo que vai ter um impacto imediato na nossa fatura de eletricidade.

Já no caso das telecomunicações, podemos utilizar o simulador da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) para encontrarmos um serviço mais barato.

Por último, as imprescindíveis compras de supermercado podem resultar em faturas mais agradáveis para o nosso orçamento se utilizarmos o simulador da DECO Proteste para fazermos comparações entre diferentes superfícies comerciais da nossa área de residência.

Com tudo isto, podemos poupar bastante dinheiro por mês que servirá para o pagamento das nossas dívidas e, mais importante do que tudo, evitar que resvaliem para uma situação de sobreendividamento.

3ª Procurarmos renegociar as dívidas

Outra das formas que temos de reduzir as nossas dívidas passa, sem sombra de dúvidas, pela renegociação dos créditos, especialmente se já entramos ou estamos prestes a entrar em incumprimento.

Para isso, devemos consultar o nosso banco e pedir um PARI ou um PERSI:

  • PARI (Plano de Ação para o Risco de Incumprimento): este plano visa reduzir o nosso risco de incumprimento através do alargamento de prazos de reembolso, introdução de períodos de carência ou redução das taxas de juro.
  • PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento): este procedimento oferece-nos a possibilidade de, ao invés de resolvermos o incumprimento por via judicial, termos acesso a um processo de negociação mais flexível.

4ª Criarmos um plano de pagamentos

É altura de nos sentarmos e fazermos contas à vida de modo para criarmos um plano de pagamentos o mais realista possível face não só às dívidas que temos em mãos, mas também face ao nosso rendimento mensal.

Para que o plano de pagamentos seja mais facilmente cumprido, é importante começarmos por pagar as dívidas de valor mais elevado ou aquelas cujo prazo de pagamento esteja mais perto de expirar.

De sublinhar que, este plano, deve incluir a negociação de dívidas no intuito de obtermos melhores condições.

5ª Procurarmos fontes adicionais de rendimento

Se o nosso rendimento mensal se mostrar insuficiente para o regular pagamento das nossas dívidas, podemos tentar fazer um esforço adicional e procurarmos um segundo emprego em part-time ou utilizarmos os marketplaces das redes sociais para vendermos objetos de que já não precisamos.