Inflação: como se proteger da subida de preços? Inflação: como se proteger da subida de preços?

Inflação: como se proteger da subida de preços?

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2022 vai começar com uma subida generalizada dos preços. Do pão aos transportes, são muitos os bens e serviços que vão aumentar, afetando finanças e poupanças.


Publicado em 30-Dez-2021

Esteve desaparecida durante tantos anos que quase nos esquecemos dela, mas a inflação voltou, e ameaça provocar mais uma dor de cabeça financeira aos portugueses. A somar a tantas outras…

Ao longo dos últimos meses, a taxa de inflação tem apresentado uma tendência de subida alarmante em toda a Zona Euro, chegando aos 2,6% em Portugal, no mês passado, e aos 6% no principal motor da União, a Alemanha. Em Espanha, foi de 5%, praticamente igual à média da Zona, que se cifrou nos 4,9%. Esta pressão deverá levar o Banco Central Europeu (BCE) a rever a sua política de baixas taxas de juro, como, de resto, a presidente da instituição já o admitiu. À semelhança, também, do que fez o seu colega da Fed, a Reserva Federal norte-americana. 

Este ambiente é particularmente perigoso para as famílias portuguesas, que poderão assim ver os custos com os créditos subirem mensalmente, incluindo o crédito à habitação. A somar a tantos outros aumentos já anunciados, como as portagens, as inspeções periódicas, os preços na eletricidade, tanto para os consumidores no mercado liberalizado como no regularizado.

Inflação: como se proteger da subida de preços? | Unibanco
Inflation, growth of food sales, growth of market basket or consumer price index concept. Shopping basket with foods on arrow. 3d illustration

Inflation, growth of food sales, growth of market basket or consumer price index concept. Shopping basket with foods on arrow. 3d illustration

A conta do supermercado vai subir, pois como referiu a CAP, a Confederação dos Agricultores de Portugal, a constante subida nos custos de transportes e adubos terá incontornavelmente reflexo nos preços pagos pelos consumidores em todos os produtos agrícolas, da carne às hortaliças, do azeite ao pão.

As consultas hospitalares vão aumentar, como consequência do aumento nos preços dos produtos médicos. Por essa razão, também, as apólices com os seguros de saúde vão subir.

Tudo começou com o aumento dos preços de transporte transatlânticos, que dispararam para o dobro em pouco mais de um ano. O aumento recente nos custos da energia e combustíveis criou uma pressão ainda maior, tal como os apoios para combater os efeitos da pandemia. E mesmo as notícias mais positivas, como a retoma recorde, não ajudam neste ponto, pelo contrário, um aumento ao nível da procura implica quase sempre uma subida no preço. A tempestade está montada e tem sido esse o principal desassossego apontado por empresários para este ciclo que agora começa. Uma preocupação que, como vimos, será em breve partilhada pela generalidade das famílias, diretamente atingidas no seu poder de compra e poupanças.

As próximas cinco dicas vão ajudar a proteger a carteira e até, quem sabe, permitir ganhar algum dinheiro em tempos de inflação. A boa notícia é que muitas são nossas velhas conhecidas…

Inflação: como se proteger da subida de preços? | Unibanco
Poor money management can land you in trouble

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1. Evite os depósitos a prazo

A verdade é que não existem produtos de poupança considerados seguros, que permitam obter rendimentos superiores aos da inflação. Ou seja, esta não é a melhor altura para deixar o dinheiro debaixo do colchão, em depósitos a prazo com taxas de juro fixas, ou apostar em obrigações com maturidades longas, como os Certificados do Tesouro.

2. Recorra ao crédito consolidado

O crédito consolidado é um instrumento financeiro que consiste na conjugação de vários créditos num só, e que apresenta condições mais vantajosas e uma mensalidade mais reduzida. Para famílias com vários créditos, esta pode ser uma solução de financiamento que permite poupar um valor considerável ao final do mês. Alguma vez ponderou juntar todos os créditos num só? Conheça o crédito consolidado do UNIBANCO que não o obriga a abrir uma nova conta ou a mudar de bancpo. E mais, o processo é feito 100% online.

3. Invista

Se esta não é uma boa altura para deixar o dinheiro parado, isso significa correr riscos, o que poderá ser um problema para muitos. Uma regra importante de seguir, no entanto, será evitar “pôr todos os ovos no mesmo cesto”, que é como quem diz diversificar ao máximo os investimentos e, dependendo dos fundos disponíveis, apostar em diferentes carteiras de ações, imobiliário, metais preciosos, como o ouro, e até em bens de luxo como arte, automóveis ou relojoaria. Estes três, setores em franco crescimento nos últimos anos. Aqui (tal como nas ações), será necessária alguma dose de conhecimento prévio (ou aconselhamento) para fazer as melhores escolhas. No caso do imobiliário, os especialistas não acreditam que a subida de taxas de juro possa vir a ter um impacto negativo no setor, e não implica necessariamente comprar uma nova casa. Pode, por exemplo, investir em fundos imobiliários para ganhar com a dinâmica do setor.

4. Pesquisar os preços

Não serão apenas as poupanças que necessitam de ser salvas, o ordenado mensal também precisa de uma ajuda, e eis-nos de regresso a uma aturada pesquisa antes de cada compra, para encontrar os melhores preços e promoções. No caso de produtos de grande consumo, como as fraldas de bebé, ou com um prazo de validade longo, poderá ser conveniente comprar em grandes quantidades e armazenar.

Inflação: como se proteger da subida de preços? | Unibanco
Calculator on a smartphone screen in the hand of women customers

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5. Fazer compras conscientes

Independentemente da pesquisa do preço, a verdadeira poupança passa por adquirir apenas os bens necessários, ou que tragam um bem-estar duradouro, em lugar de produtos supérfluos ou compras por impulso. Será igualmente importante eleger bem o produto, eventualmente trocando o habitual por outro, cujo preço não tenha subido tanto.

6. Apostar em obrigações que sigam a inflação

Algumas obrigações têm precisamente essa característica de estarem indexadas à inflação, o que pode ser uma boa aposta num momento como o atual. Significam ainda assim uma aposta, pois a rentabilidade não depende apenas da inflação atual, mas, e sobretudo, do seu valor à altura do vencimento. Mais uma opção na diversificação de ativos.