As tendências rétro para decorar a casa As tendências rétro para decorar a casa

As tendências rétro para decorar a casa

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Os designers de interiores olham agora para o passado para decorar as casas de amanhã. Mas não vale tudo o que é antigo, e estas são as grandes tendências rétro.


Publicado em 28-Set-2022

Longe vão os tempos das casas muito brancas e minimalistas. Hoje, a maioria dos designers de interiores prefere encher as casas de cor e de tradição, de objetos que ajudem a transmitir uma sensação de serenidade e bem-estar. Para desconforto já basta o que se passa lá fora…

Assim, as tendências rétro e vintage estão em alta na decoração de interiores, mas, como é natural, nem tudo o que é antigo vale ouro e nota-se claramente uma preferência por certas peças, épocas e estilos específicos. Vamos conhecê-las:  

Rattan, o mobiliário em palhinha.

Rita Andringa é uma das designers que melhor tem explorado esta tendência, como se vê nestes projetos que realizou no México e na Comporta.

O mobiliário em vime ou verga evoca imediatamente um ambiente descontraído, calmo e quente. Por vezes exótico, apesar de andar por cá desde os tempos dos gregos e dos romanos. E evoca também os anos 60 e 70 do século passado, duas décadas muito em voga na moda.

Naturalmente, as melhores propostas surgem feitas à mão, por artesãos, como é o caso dos ingleses da Soane, de Tomaz Viana, ou da Vime Company. Mas em sites como La Redoute ou Ikea encontramos também muitas propostas, e a preços mais acessíveis.

Arts and Crafts

Atelier Anahory/Almeida na Herdade da Aldeia de Cima. Coleção Cloudy Butterflies, desenhada por Claudia Schiffer para a Bordallo Pinheiro. A lá burel, da Burel Factory, aplicada na decoração de interiores

Foi um movimento estético surgido em Inglaterra, na segunda metade do século XIX, em oposição à industrialização, que dava então os primeiros passos. Defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa e, por maioria de razão, continua muito válido atualmente.

Em Portugal, assistimos especialmente a um recrudescimento dos nossos ofícios tradicionais, como a olaria e os têxteis, o que podemos observar nos tradicionais bonecos de Estremoz (ver, por exemplo, o trabalho de Isabel Catarrilhas Pires); na Vicara, um projeto que junta designers a artesãos; sem esquecer, naturalmente, as marcas que sempre o defenderam, como a Bordallo Pinheiro ou a Vista Alegre. 

Já nos têxteis, isso é evidente no versátil burel, da serra da Estrela (ver a Burel Factory e a arte de valorizar o que é nosso), mas também na chita de Alcobaça, um tecido em algodão muito decorado e herdeiro direto dos tecidos que trouxemos da Índia no século XV.

O atelier de Ana Anahory e Felipa Almeida já se desfez, mas a dupla apostou muito em parcerias com artistas e artesãos locais e os seus trabalhos no São Lourenço do Barrocal, na Herdade Aldeia de Cima, ou na Quinta dos Murças ainda são o melhor exemplo desta forma de revisitar o artesanato local e nacional. E continuam a fazê-lo, agora por conta própria.

Cortinados austríacos

Viterbo Interior Design

Entre a sala e a janela deve estar uma peça ousada, como se via muito nas décadas de 1970 e 1980. Depois, estes cortinados mais “teatrais” perderam fulgor com a passagem para os anos 1990, e uma aposta maior na simplicidade, mas agora estão de regresso, com pregas, folhos ou padrões fortes, de volta para ocupar um papel predominante na decoração. O trabalho de Gracinha Viterbo é elucidativo e é mesmo uma das designers que melhor os utiliza.

Pela sua complexidade, são geralmente peças feitas à mão, e por medida, por isso aqui ficam algumas lojas que o fazem, como a Tepsol ou a Dedal Mania.

Pinturas decorativas

Viterbo Interior Design, entre Lisboa e Singapura, uma versão grandiosa e outra intimista

Quem não se recorda de ficar a admirar tetos e paredes pintadas à mão? A arte da pintura decorativa teve o seu apogeu em Portugal a partir dos anos 1830, com a chegada de artesãos vindos de Itália, mas perdurou até muito tarde porque é, efetivamente, uma excelente solução para criar um cenário surpreendente em casa. Uma vez mais, recorremos ao trabalho de Gracinha Viterbo para ilustrar o impacto que uma boa pintura decorativa pode ter em casa.    

Comummente utilizada também na decoração de mobiliário, é hoje vista como uma excelente forma de dar uma nova vida a peças antigas, bastando para tal uma boa dose de criatividade e de jeito. Online encontram-se diversos cursos de pintura criativa, mas quem não tem a certeza do jeito será preferível recorrer a um profissional e aproveitar todo um know-how acumulado. Outra hipótese, ainda, passa pelo papel de parede, sem o mesmo cunho artístico ou personalizado, mas eventualmente mais simples de aplicar e em conta. As opções são quase ilimitadas neste caso, e existem para todos os gostos e preços. Deixamos dois exemplos: La Redoute e Graham & Brown.

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