Dicas para sair das dívidas rapidamente Dicas para sair das dívidas rapidamente

Dicas para sair das dívidas mais rapidamente

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Publicado em 06-Ago-2025

As dívidas são tão chatas como as moscas num dia de verão: nunca se vão embora e estragam tudo aquilo em que tocam.

Perdoem-nos a analogia, mas quem já teve ou tem dívidas sabe as enormes dores de cabeça que estas causam e anseia pelo dia em que deixem de fazer parte da sua vida, mas como conseguir afastar estas “moscas”?

Eis algumas dicas que o ajudarão a obter um fôlego adicional no seu orçamento mensal e a saber como sair das dívidas.

Diagnostique a sua situação financeira atual

A primeira dica, como não podia deixar de ser, passa por fazer um diagnóstico da sua situação financeira atual.

Para tal, crie um documento Excel ou faça uso das muitas aplicações de gestão de finanças pessoais existentes no mercado para o ajudar a ter uma visão de 360° sobre todas as suas despesas e rendimentos mensais e/ou anuais.

No campo das despesas, categorize as mesmas por essenciais ou supérfluas. Das despesas essenciais devem constar as faturas de energia, água, telecomunicações, alimentação, roupa e prestações de crédito, ao passo que nas outras entram as saídas noturnas e os almoços e jantares fora de casa, entre outros.

Pela importância que as prestações de crédito têm na sua vida, recomendamos que utilize a fórmula da taxa de esforço para calcular o seu impacto no orçamento:

Encargos mensais com prestações / Rendimento total do agregado x 100

Caso a percentagem obtida seja superior a 35% (o máximo recomendado pelo Banco de Portugal), é altura de começar a delinear estratégias para abater esse peso.

Priorize as dívidas com juros mais altos

Depois de fazer o apanhado de todas as suas dívidas, deverá hierarquizá-las.

As primeiras da lista deverão ser aquelas que apresentem juros mais altos, pois quanto mais tempo demorar a pagá-las, mais irá gastar.

Contudo, tenha em particular atenção os prazos de pagamento, uma vez que, se tiver dívidas com juros altos associados, o seu não pagamento dentro das datas-limite poderá implicar o pagamento de juros de mora.

Consolidação de créditos: quando é que faz sentido?

Lembra-se do cálculo da sua taxa de esforço?

Uma das estratégias para eliminar dívidas de forma significativa e permanente é consolidar créditos – uma ferramenta de gestão financeira que pode ajudá-lo a reduzir as suas dívidas de crédito em até 60% graças a taxas de juro mais competitivas do que outras soluções do mercado.

Aquando da consolidação de créditos, basta pedir o montante equivalente (ou superior, como veremos mais à frente) às suas dívidas de crédito (tem de possuir, pelo menos, dois créditos ao consumo) e escolher o prazo de reembolso que melhor se adequar às suas necessidades no simulador de crédito consolidado do UNIBANCO.

Após a aprovação, o UNIBANCO liquida todas as suas dívidas de crédito e fica como seu único credor, concedendo-lhe uma prestação significativamente mais baixa e muito mais dinheiro para gastar ou poupar.

Esta é apenas uma das situações em que a consolidação de dívidas pode ajudá-lo a pagar empréstimos mais rapidamente, mas existem outras.

Além disto, o crédito consolidado pode garantir-lhe uma melhor forma de organizar as suas finanças pessoais, já que lhe proporciona o pagamento de uma só prestação com taxa fixa e sempre no mesmo dia.

Por último, dado que a consolidação de créditos lhe permite pedir um financiamento extra, poderá utilizá-lo para o ajudar a pagar algo de que necessita ou até a eliminar pequenas dívidas não financeiras.

Crie um plano mensal para amortizar dívidas

Já vimos como pode proceder ao reembolso de empréstimos mais rapidamente, mas se se pergunta como organizar as finanças e controlar os gastos mensais, aqui ficam os passos essenciais para não só criar um orçamento para sair do vermelho, como também para reduzir o peso das faturas de energia, supermercado e telecomunicações:

1. Orçamentar

Para garantir um orçamento equilibrado que lhe proporcione uma poupança substancial, mas que simultaneamente lhe permita viver sem um garrote na carteira, siga a regra “50-30-20”.

Na prática, esta regra diz-lhe:

  • que 50% do seu orçamento deve ser utilizado para as suas necessidades, nomeadamente, os gastos que tem com a renda da casa, a prestação do crédito, as compras de supermercado, as despesas de energia, água e telecomunicações e gastos com combustível e/ou transportes;
  • os 30% dizem respeito às despesas supérfluas, tais como jantares fora de casa, ginásio ou atividades de lazer;
  • ao passo que os 20% devem ser destinados à poupança.

Além disto, na elaboração do seu orçamento mensal, aproveite para pensar em estratégias de aforro.

2. Reduzir o peso das faturas de energia, supermercado e telecomunicações

No contexto das estratégias de poupança que criou, as essenciais deverão ser aplicadas às despesas não financeiras que têm um maior peso, como é o caso das compras de supermercado, telecomunicações e energia.

No caso da energia, pondere recorrer ao simulador da ERSE (Entidade Reguladora de Serviços Energéticos) para tentar encontrar um fornecedor que lhe ofereça um plano energético a preços mais convidativos.

Ainda dentro da área da energia, procure perceber se faz sentido reduzir a potência contratada (dado que tal poderá representar uma poupança de até 30 euros por mês) e verifique se tem direito à Tarifa Social de Energia.

Também a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) lhe oferece um simulador que lhe apresentará tarifários mais em conta para as suas necessidades, enquanto a DECO lhe proporciona uma ferramenta semelhante, mas, desta feita, para o ajudar a procurar os supermercados que vendem mais barato da sua zona de residência.

3. Disciplinar-se

As intenções podem ser boas, mas sem uma vontade de ferro e disciplina no cumprimento das dicas que lhe deixamos, as “moscas” continuarão a empatar a sua vida financeira.

Sair das dívidas exige um misto de clareza, estratégia e disciplina. Não há soluções mágicas, mas há caminhos bem definidos que pode seguir para recuperar o controlo da sua vida financeira.

Diagnosticar a situação, priorizar, consolidar e planear são passos fundamentais, e, com foco e consistência, as dívidas deixam finalmente de ser aquelas “moscas” irritantes e passam a ser apenas memórias de um verão que já lá vai.