Vindimas 2020: vamos apanhar uvas? Vindimas 2020: vamos apanhar uvas?

Vindimas 2020: vamos apanhar uvas?

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A pandemia não poupou as vindimas, mas as uvas continuam a ser apanhadas e algumas quintas resistem – e bem – ao invasor, oferecendo programas em total segurança.


Publicado em 16-Set-2020

Como será a experiência de apanhar uvas no ano 0 d.C. (depois de Covid)? Com muito mais segurança, máscaras e álcool gel omnipresentes, reservas obrigatórias, menos pessoas e definitivamente menos contacto. Isso está diferente – e ainda bem – mas depois a intensidade com que as casas vivem este momento crucial não mudou em nada e a festa continua exatamente na mesma. Sim, as vindimas de 2020 valem muito a pena, como pode ver por estes programas de norte a sul. “Pelos caminhos de Portugal”, escolha o seu programa de eleição e conte com o UNIBANCO para fazer a sua reserva com toda a comodidade e segurança!

Quinta da Pacheca

Comecemos precisamente lá por cima, pela Quinta da Pacheca, que este ano “descobriu” mais uma boa utilização para os seus famosos toneis, transformados em quartos de hotel rural.

Desta vez entramos pela barrica, como num túnel envolto em fumo, mas na realidade é ozono e de lá saímos completamente “descontaminados”, prontos para fazer o check in nos outros toneis ou seguir diretamente para as vinhas. Existem vários programas de vindima, mas o mais tradicional começa com um pequeno almoço servido pela manhã, corte dos cachos nas videiras, almoço buffet, prova de vinhos e lagarada, por 85 euros. Mas as experiências começam nos 30 euros.

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo & Taboadella

Ainda no Douro, o programa da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo começa quando lhe entregam um balde e uma tesoura. Ao longo das seis horas seguintes poderá experienciar a poda numa das parcelas da quinta (como pode acompanhar pela fotografia de abertura), a visita guiada à adega (com prova), ao Wine Museum Centre Fernanda Ramos Amorim (seguida de mais uma prova, desta feita no terraço com uma vista soberba para os vinhedos) e um almoço de degustação no Conceitus, o restaurante da quinta que também é hotel.

Mas a Quinta Nova oferece outra experiência singular, aliando a propriedade que a família Amorim também possui no Dão, a Quinta da Taboadella. Assim, para descobrir estas duas regiões emblemáticas, o programa começa no Dão, com uma experiência que promete uma viagem no tempo à era romana, visitando a adega e continuando pelo passadiço de madeira erguido sobre a sala de barricas, o “Barrel Top Walk”. Após prova, os convidados seguem então para o Douro. Preços a partir de 90 euros.

Vindimas 2020: vamos apanhar uvas? | Unibanco

Quinta do Crasto

No Crasto também estão prontos para nos receber de braços abertos. Tanto na adega como na vinha que, recorde-se, foi recentemente classificada como a mais bonita de Portugal nos World Best Vineyards. Melhor de Portugal e oitava melhor do mundo(!) pelo que não pode perder oportunidade de a admirar. Ora, entre as várias hipóteses de tour, uma delas inclui precisamente um almoço de harmonização no alto da Varanda, um terraço perfeito para observar toda essa beleza. Fora isso, não perca a adega onde estagiam alguns dos melhores néctares da Quinta, nem a visita à Vinha Maria Teresa e da Ponte, duas das vinhas mais emblemáticas – e antigas – do pais. Preços desde os 25 euros (sem almoço).

Quintas de Melgaço

Mais acima ainda, na região dos vinhos verdes, a Adega Quintas de Melgaço criou este ano, pela primeira vez, dois programas de vindimas – fantástico! Além disso, e ao contrário de outras experiências que procuram isolar os trabalhadores dos “curiosos”, aqui a apanha faz-se mesmo lado a lado –  embora respeitando todos os limites de segurança, bem entendido. Depois do corte, segue-se para a adega e, mais tarde, para uma prova de vinhos e queijos com piquenique nas vinhas. As Quintas de Melgaço são um projeto único, no sentido em que reúnem, em associação, cerca de 530 famílias da região, num excelente exemplo colaborativo. Os preços dos programas começam nos 25 euros.

Herdade das Servas

Deixemos então o norte e vamos rumar a sul, mais concretamente ao grande Alentejo e à Herdade das Servas, da família Serrano Mirra. Família ligada ao vinho desde 1667, segundo os últimos registos. Aqui o programa dá-lhe a possibilidade de fazer a tradicional pisa a pé, em lagares, que à maneira de Estremoz são em mármore e não em granito. A pisa agora faz-se totalmente equipados, com botas e fatos destinados ao efeito e devidamente higienizados, mas do programa fazem ainda parte a visita à restante adega, zona de vinificação e à cave de barricas, com prova de quatro vinhos e oferta de uma garrafa. Preços desde os 40 euros.

Fita Preta

Está pronto para se levantar ainda antes das galinhas? Porque na Fita Preta António Maçanita acredita que é pela fresquinha que se apanham as uvas – e que isso vai ser fundamental para a qualidade do vinho. Por isso começam muito antes nascer do sol – às 05h30(!). Não se preocupe, porque o vão buscar antes diretamente ao hotel, e não precisa de se pôr a caminho tão cedo. Já na vinha entregam o kit e segue-se hora e meia de trabalho árduo, até ser tempo de tomar um belo pequeno almoço em plena vinha. Segue um momento de passeio, descontração e conversa sobre viticultura, e depois o transfer para a adega da Fita Preta, para o resto do trabalho de vindima. Aqui vai participar em atividades de vinificação, de laboratório e prova de mostos, antes, claro, de provar o produto final de outras colheitas. Depois, pode ainda almoçar com toda a equipa, entre as 12h30 e as 14h00, mas esta fase é opcional. Preços desde os 150 euros.

Torre da Palma

Nesta propriedade de sete hectares, que antes de ser vinha é um projeto enoturístico, está naturalmente convidado a ficar alojado no hotel, embora não o fazer não seja impeditivo de passar o dia na vinha, começando por participar na colheita manual das uvas e seguindo para a entrada da adega, onde está a mesa de seleção, para ajudar a escolher as melhores uvas. Segue-se a visita à adega, com arquitetura de João Mendes Ribeiro, e a prova de mostos e dos vinhos Torre de Palma, terminando com um almoço no Restaurante Basilii. Preços a partir de 79 euros.

Quinta da Plansel

No coração de Montemor, a Quinta da Plansel oferece uma proposta de vindima ligeiramente diferente. Quer dizer, terá “tudo a que tem direito” com a apanha da uva e o acompanhamento das etapas de vinificação, na adega, mas além disso terá ainda a oportunidade de visitar um verdadeiro viveiro de castas, uma laboratório científico onde poderá até realizar o seu próprio enxerto e trazer para casa. Ou almoçar numa galeria de arte. Preços a partir de 65 euros.

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