Viagem gastronómica: os pratos mais típicos da Europa Viagem gastronómica: os pratos mais típicos da Europa

Viagem gastronómica: os pratos mais típicos da Europa

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Venha descobrir os pratos mais típicos de cada país europeu, numa volta gastronómica cheia de sabor. Um aviso: este artigo pode prejudicar a sua dieta.


Publicado em 13-Set-2019

Já sabemos que em Portugal se come muito bem, mas temos de ser sinceros: os outros países europeus também não se portam nada mal neste capítulo. Não é por acaso que as gastronomias de Itália, França ou Espanha são famosas mundo fora, e em todos os países existem pratos que não só representam a sua gastronomia como a alma e os costumes. É essa viagem que lhe propomos fazer agora, a mais deliciosa de todas, pelos pratos mais típicos da Europa. Mesmo sem sair aqui do burgo…

Itália

A piza pode ser a melhor invenção desde a roda (a outra) e provavelmente os italianos têm mais maneiras de cozinhar pasta do que nós bacalhau. Ainda assim, a nossa sugestão é uma receita siciliana, arancini, um pastel de arroz, recheado, panado e frito, ideal para aproveitar as sobras do risoto… Porque é confort food e finger food e sabe mesmo bem não desperdiçar nada. O arancini pode ser feito com vários tipos de recheio (e isso também vai depender do tipo de risoto), mas o mais tradicional é com recheio de mozarela, acompanhado por um molho arrabiata (de tomate).

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Onde comer: o Casanova é uma das pizarias mais conhecidas de Lisboa (mesmo ao lado do Lux) e serve uns ótimos arancini de entrada, com mozarela e carne no recheio. Morada: Avenida Infante D. Henrique, Cais da Pedra, Armazém B, loja 7. Tel.: 218 877 532

Espanha

A gastronomia espanhola converteu-se nos últimos anos numa das mais admiradas da Europa, graças aos génios de Adrià, dos irmãos Roca ou de Berasategui, mas a fama dos seus pratos tradicionais é bem mais antiga – e muitos deles são parecidos aos nossos: polvo à galega, migas, croquetas, cocido… ou se calhar os nossos é que são parecidos aos deles. De todos, a paella à valenciana será mesmo a mais famosa – e aquela que gera mais discussões no país vizinho: os mais puristas acham que não pode levar nem peixe nem marisco (só frango, coelho e caracóis), mas o próprio Diccionario de La Real Academia Española define-o como: “Plato de arroz seco, con carne, pescado, marisco, legumbres, etc., característico de la región valenciana, en España.” Os espanhóis nunca se entendem…

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Onde comer: Los Ibéricos. Como o nome indica, aqui reina a comida da península, especialmente tapas, mas também não faltam opções de arrozes com destaque para as paellas: vegetariana, de polvo, marisco e, claro, a tradicional valenciana. Morada: Largo do Castelo, 3 Leça da Palmeira. Tel.: 224 965 049

França

Todos associam França à nouvelle cuisine, e por certo que aperfeiçoaram as técnicas de culinária na base de toda a gastronomia moderna, mas a NC tem também uma conotação de leveza negativa que não vai encontrar neste prato vegetariano: ratatouille, famoso porque até emprestou nome ao filme sobre o chef rato. Trata-se de uma receita rústica, de agricultores da Provence, à qual sucessivos chefs foram elevando a haute cuisine: “Os diferentes vegetais devem ser cozinhados separadamente, depois combinados e cozidos devagar, juntos, até obterem uma consistência cremosa e suave”, diz o Larousse Gastronomique

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Onde comer: e que tal experimentar fazer esta receita com a boa ajuda do Larousse online?

Bélgica

Podíamos falar de waffles, mas nenhum prato representa melhor a Bélgica do que as moulles frites – literalmente mexilhões com batatas fritas. Antigamente, os mexilhões eram uma das comidas mais baratas e fáceis de encontrar a norte, e as batatas a sul, onde se diz que foi inventada a variante frita. Os dois juntaram-se e nasceu este prato que, tal como país, resulta da união entre flamengos e valões. Ainda por cima, casa na perfeição com outra genialidade belga: a cerveja.

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Onde comer: em Campo de Ourique existe mesmo um sítio chamado Moules & Beer, e o nome diz tudo. Incrível variedade, da mais tradicional à sofisticada. Com versão a norte, chamada Moules & Jugs, e, em Cascais, Moules & Gin. Morada: Rua 4 Da Infantaria, 29 D, Lisboa . Tel.: 213 860 046

Escócia

O haggis é o prato tradicional da Escócia e consiste no bucho (estômago) de carneiro recheado com as vísceras (coração picado, fígado e pulmões) temperadas com cebola, especiarias e tudo ligado com aveia. Para quem está a pensar que os escoceses são uns bárbaros, lembrem-se só dos maranhos e negalhos cá da terra… O haggis pode ser surpreendentemente bom e não há nada de mais escocês, onde é o prato oficial das ocasiões especiais, como a Burns Night, para celebrar o poeta mais famoso da terra. Por vezes a sua chegada até se faz anunciar com pompa, circunstância e gaitas de foles. Para acompanhar com whisky, of course.

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Onde comer: não conhecemos nenhum local onde experimentar, mas talvez se anime a fazer você mesmo, com esta receita.

Bósnia-Herzegovina

Trata-se de uma espécie de salsicha sem pele e é o prato tradicional nalguns países dos Balcãs, incluindo a Croácia e sobretudo a Bósnia. As čevapi são geralmente de borrego ou vaca, embora nalguns países se use também o porco. São servidas grelhadas, com bastante paprica, e acompanhadas por sunum, um pão pita, cebola e queijo kaymak. E são deliciosas.

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Onde comer: não garantimos que exista sempre na carta, que muda ao sabor dos tempos, mas é provável que encontre no 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic (que é de lá, como sabemos). Morada: Rua Teixeira, 39, Bairro Alto, Lisboa. Tel.: 910 918 181

Alemanha

Durante a I Guerra Mundial, os soldados alemães ganharam a alcunha de Kraut precisamente pela sua preferência gastronómica pelo repolho azedo (e é isso que significa sauerkraut, que nós conhecemos pelo nome francófono: chucrute). Esta couve acompanha muitas coisas, a começar pelas centenas de diferentes salsichas, mas dessas há muitas em todo o lado e o eisbein – joelho de porco – é inegavelmente alemão. Seja na variedade cozida ou assada. Ou seja, e que tal experimentar eisbein mit sauerkraut?

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Onde comer: o Gambrinus não tem nada de alemão – é uma instituição nacional –, mas por ali come-se um dos melhores einsbein deste lado da fronteira. Morada: Rua das Portas de Santo Antão 23, Lisboa. Tel.:213 421 466

Dinamarca

Smørrebrød são pequenas sanduíches abertas, que podem levar todo o tipo de recheio, de salsichas a vegetais, incluindo o arenque, o salmão e aqueles pequenos camarões típicos da Escandinávia. Aliás, o prato está disseminado por toda a região, mas nasceu aqui, na Dinamarca, no final do século XIX, onde é considerado prato nacional e onde existem inúmeros restaurantes especificamente dedicados. Existem alguns smørrebrød clássicos, como o de camarões e pepino, mas é a criatividade quem essencialmente dita as regras – menos no pão, que deve ser rugbrød, escuro, feito com farinha de centeio e estar sempre barrado com manteiga. É a base dos smørrebrød, cujo nome se traduz literalmente por pão com manteiga.

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Onde comer: até pelo tipo de prato, não será difícil confecionar em casa, mas o menu do Hygge Kaffe, ao Saldanha, tem vários exemplos para degustar. Morada: Rua Tomás Ribeiro, 95, Lisboa. Tel.: 211 506 290

Suíça

Nada sabe a Alpes, em pleno inverno, como um bom fondue de queijo comido num “restaurante-cabana” perdido nas montanhas. Os suíços comem o seu fondue (dois queijos apenas: gruyère e emental) acompanhado por enchidos e vinho branco suíço, que também entra na receita, e do qual existem algumas opções bastante boas.

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Onde comer: Não temos nem neve nem montanhas, mas em Lisboa o Bistro Edelweiss, no Príncipe Real, serve um belo fondue de queijo, e no Porto pode escolher a Máscara, na Av. do Brasil, na Foz. Morada: Rua de São Marçal, 2, Lisboa. Tel.: 930 414 725

Polónia

Como é que estes dumplings encontraram o seu caminho até à Polónia é coisa que já se perdeu no tempo. O certo é que viraram um dos pratos mais tradicionais e populares do país, e assumiram inúmeras variantes, adaptando-se à época do ano e das celebrações. Assim, no verão, os pierogi são sobretudo doces, recheados com fruta, e, no Natal, vegetarianos, com cogumelos e couve, porque segundo a tradição não se come carne nesta altura. Quando assim não é, os pierogi comem-se sobretudo adicionando um recheio de carne picada a esta última mistura.

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Onde comer: a retro Ice Cream começou por servir apenas gelados segundo a tradicional receita polaca, mas agora alargou a oferta para incluir também os pierogi, que existem com vários recheios e massa sempre caseira. Parece que a Polónia tem mais em comum com Itália do que se pensava… Morada: Av Tomás Cabreira, Edifício Europa, Praia da Rocha, Portimão. Tel.: 919 229 710

Chipre

O halloumi é provavelmente o produto mais famoso do Chipre, com a sua popularidade a estender-se por vários países, onde já se inclui Portugal. Trata-se de um queijo de ovelha e cabra que tem a particularidade de poder ser bem grelhado sem perder a consistência. E isso faz dele um queijo especialmente gourmet, perfeito para acompanhar saladas, sopas, sanduíches… Para os cipriotas faz parte da dieta diária, especialmente no verão, quando é a estrela de várias saladas, desde a mais simples de rúcula e tomate até a uma salada de melão (ou melancia), resultando numa combinação magnífica.

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Onde comer: a maioria das cadeias de supermercados nacionais já o inclui na oferta, pelo que pode facilmente prepará-lo em casa, mas o Dom Queijo (um restaurante onde todos pratos levam o ingrediente) serve uma boa entrada de halloumi grelhado (com jalapeño e tequilla). Morada: Campo Grande, 232-C, Lisboa. Tel.: 964 960 963

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