Sente-se preparado? Vamos atravessar pontes suspensas e outros caminhos de tirar o fôlego Sente-se preparado? Vamos atravessar pontes suspensas e outros caminhos de tirar o fôlego

Sente-se preparado? Vamos atravessar pontes suspensas e outros caminhos de tirar o fôlego

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Venha descobrir a 516 Arouca, a maior ponte pedonal suspensa do mundo, uma varanda aberta sobre a serra da Estrela e outros passadiços deslumbrantes de Portugal


Publicado em 24-Mai-2021

Os Passadiços do Paiva abriram em 2015 e lançaram toda uma moda. Desde então, Portugal adora caminhar pela natureza, entre montes e vales ou mesmo percorrendo o leito de rios. Se nunca fez uma caminhada destas, não sabe o que perde, se já fez, não precisa de muito para ser desafiado, por isso, vamos lá calçar as sapatilhas, encher um cantil com água e explorar os novos percursos pedestres mais bonitos de Portugal.

516 Arouca

O sucesso dos Passadiços do Paiva convenceu a Câmara Municipal de Arouca a investir ainda mais no projeto, criando uma ponte suspensa sobre uma das gargantas do Paiva, numa das extremidades do percurso. A obra acabou de ser inaugurada este mês e, com 516 metros de extensão (que justificam o nome), tornou-se na maior ponte pedonal suspensa da Europa. Há quem defenda que é do mundo, mas pouco importa, porque se os 516 metros impressionam, são os 175 de altura, olhando lá para baixo, que vão realmente impactar. Toda uma aventura, perfeita para iniciar ou concluir os 8 km de passadiços.

Os passadiços das Lagoas do Vez

Há muito para descobrir em Arcos de Valdevez, incluindo uma rede de mais de 300 km de percursos pedestres, para explorar as maravilhas naturais deste município minhoto. Uma rede que acaba de ficar um pouco maior desde o mês passado, com a inauguração de um novo passadiço que serpenteia ao longo do rio Vez. Perfeito para esta altura do ano, porque permite sempre dar um mergulho nas águas frescas e cristalinas das lagoas que por aqui se formam. O caminho é todo ele rodeado pelo verde luxuriante da zona, em pleno Parque Natural da Peneda-Gêres, e estende-se por 1850 metros, sempre ao longo da margem direita do rio, ligando o Poço das Caldeiras, em Loureda, a S. Sebastião, na freguesia de Cabreiro. Não será uma extensão muito significativa, mas pode continuar a exploração pela Ecovia do Vez, 32 km de percursos ao longo do mesmo rio.

Varanda dos Carqueijais

Situado a meio caminho entre a cidade da Covilhã e as Penhas da Saúde, o miradouro existia antes, mas foi totalmente requalificado, criando-se um passadiço suspenso que entra pelo infinito e permite observar toda a Cova da Beira e a Covilhã. Se já era um local de paragem obrigatória, tornou-se agora muito mais interessante para dar um passeio – e tirar várias selfies –, antes de entrar noutras caminhadas mais vigorosas. É o caso da Rota da Varanda dos Pastores (estes beirões gostam das suas varandas…), um percurso totalmente requalificado que permite perceber perfeitamente de que é feita a serra da Estrela. O impacto dos fenómenos naturais, como os glaciares, no território, mas também a mão humana, nomeadamente através da pastorícia e, mais recentemente, do turismo.
Trata-se de um percurso com perto de 12 Km, e de média dificuldade, mas circular, ou seja, começa e acaba no mesmo ponto.

Percurso pedonal da serra D´Ossa

E da Estrela descemos à serra D’Ossa, onde acaba de abrir um novo percurso pedonal que liga a aldeia da serra à Ermida de Nossa Senhora do Monte da Virgem. Estamos na principal elevação do Alentejo Central, dentro dos concelhos de Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo, autarquia que promoveu este caminho. Parcialmente em passadiço de madeira, tem uma zona de centenas de degraus que promete maravilhar os amantes deste tipo de passeio. Parte do percurso, que tem pouco mais de 7,5 km no total, passa pelas antigas hortas dos frades do Convento de São Paulo, edifício do século XII, que funciona como hotel desde 1993 e está integrado num parque com 750 hectares.