Pomares, os novos vinhos da Quinta Nova Pomares, os novos vinhos da Quinta Nova

Pomares, os novos vinhos da Quinta Nova

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É na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo que nascem alguns dos vinhos mais modernos de Portugal.


Publicado em 29-Ago-2019

Junto ao rio sempre existiram três pomares, que os antigos cercaram de muros para proteger os seus valiosos frutos dos ataques dos javalis…

Não é assim que começa, mas podia, a história desta magnífica quinta sobre o Douro, onde ainda hoje se recebe muito bem, com um enoturismo que a American Airlines já classificou como uma das nove adegas must-see em todo o mundo. Não é fácil.

A adega é contemporânea da demarcação da região feita pelo Marquês de Pombal, e data do século XVIII, tal e qual como a capela, em honra de São João Baptista. A quinta foi inspiração para uma das mais conhecidas cantilenas infantis, As pombinhas da Catrina (e, agora que já temos idade para consumir vinho, também podemos saber que a letra nada tem a ver com pombinhas, mas com donzelas que “andavam de mão em mão…”). Já a casa senhorial foi totalmente remodelada no século XIX, onde hoje se hospedam os visitantes e acolhe o divinal restaurante Conceitus.

Com 250 anos de história ininterrupta, a quinta estende-se ao longo de 120 hectares, a maioria dos quais (85) ocupados com vinha, em parcelas que sobem desde a margem do Douro até uma altitude de 300 metros, em sucessivos socalcos perfeitamente integrados neste Património da Humanidade. 

O cenário está assim montado para alguns dos grandes vinhos do país, como o Quinta Nova Grande Reserva Tinto, ou os Mirabilis, branco e tinto. Sobretudo o branco. Mas como não se pode apenas beber vinhos de exceção, aqui nascem também alguns néctares mais descomplexados e simples, mas de execução sem falhas, perfeitamente adaptados ao consumidor moderno, sem os mesmos preconceitos de antigamente. Não alcançam o mesmo wow factor, mas não é essa a ideia. Foi assim que nasceu o Pomares Tinto, de 2017, elegante e aveludado, proveniente das castas tradicionais Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, plantadas em vinhas com cerca de 25 anos. O tinto surge bem acompanhado pelo Branco de 2018, feito a partir das castas Viosinho, Gouveio e Rabigato, plantadas em dezenas de parcelas distintas, todas de alguma maneira contribuindo para formar um caráter bastante aromático, com alguma mineralidade. Por fim, chega-nos o Moscatel Galego, de 2018, a partir da casta Galego Branco, plantada no planalto de Alijo, a praticamente 500 metros de altitude. Resultando num belo equilíbrio entre doçura e frescura. Todos por um preço recomendado de 7,50 euros.

Três vinhos, três antigos pomares que ainda hoje existem nas margens do Douro… Só podia ser essa a inspiração para o rótulo destes novos frutos tão valiosos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo.

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