Os 3 melhores destinos de outono Os 3 melhores destinos de outono

Os 3 melhores destinos de outono

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Vamos aproveitar os últimos raios de sol para descobrir a Islândia, as novidades de Paris e um Douro cheio de charme.


Publicado em 25-Out-2019

O Douro tem mais encanto

Comecemos o passeio por terras lusas, pois como diz o turismo de Portugal, “vá para fora cá dentro”. E cá dentro o Douro tem tanto para oferecer nesta época, depois das vindimas e da confusão que sempre trazem. Agora as vinhas já descansam, mas antes ainda das suas folhas caírem – ou do homem iniciar a poda, o que deverá acontecer mais para o fim do ano – oferecem-nos um último presente, pintando os vales em tons de castanhos, verdes secos, amarelos, laranjas e avermelhados. Uma tela incrível de tons outonais, descendo os socalcos até ao rio. Se ainda não viu o Douro nesta altura, não viu o Douro.

Podemos fazer o passeio de automóvel, serpenteando pela Nacional 222, “a melhor estrada do mundo para conduzir” segundo a Avis. Boa para conduzir e melhor ainda para ver, sem pressas e ao sabor da curiosidade, sempre pela margem esquerda do rio, de V.N. Gaia até às gravuras rupestres em Foz Côa. Uma alternativa será seguir pela margem oposta e sobre carris. O comboio histórico já terá terminado a sua época (suspende as viagens entre outubro e junho), mas a linha normal do Douro serve perfeitamente, ligando o Porto ao Pocinho, também em Foz Côa e com paragens na Régua, no Pinhão, Tua, Vargelas ou Vesúvio. Ou então seguir caminho no próprio Douro, onde podemos escolher desde pequenos passeios de algumas horas até cruzeiros com dormida a bordo ou mesmo programas personalizados. Existem várias empresas que o fazem, como a Pipadouro, Cruzeiros Douro ou Douro Azul, e a oferta é bastante extensa e variada.

Onde Ficar: Do Six Senses Douro Valley, a primeira oferta europeia da afamada cadeia internacional de bem-estar (desde 325 euros), à Casa do Rio, em Foz Côa, gerida pela Quinta do Vallado (150 euros), não faltam alojamentos altamente recomendáveis – e diferentes. Nesta última, por exemplo, falamos de um edifício moderno, totalmente integrado nas vinhas, e no primeiro de um grande palácio, onde Manoel de Oliveira filmou Vale Abraão.

A não perder: Os Miradouros de São Salvador do Mundo ou Casal de Loivos são perfeitos para admirar o Património da Humanidade, e o Museu do Douro, na Régua, para conhecer melhor a história da região. Será obrigatório visitar uma das quintas, claro. Pelo menos uma, mas como são tantas o nosso conselho é escolher uma cujos vinhos aprecie bastante, pois vai querer trazer uma “lembrança”. Já ágora, o Douro não é só vinho, e tudo o que nasce da terra (azeite, frutas, legumes…) é de extraordinária qualidade. Assim, o Qualifer, famoso talho do Pinhão com as suas carnes e enchidos de deixar um vegan com água na boca, torna-se numa excelente loja de “souvenirs

Islândia, rumo ao norte

Esta é uma boa altura para descobrir a Islândia. Primeiro porque o frio-de-morte-que-não-dá-vontade-de-passear-para-lado-nenhum ainda não chegou, e depois porque a partir de outubro já é possível ver as luzes do norte, a Aurora Borealis. Um espetáculo impressionante, sobretudo para quem vem cá de baixo.

País de extremos, a Islândia não é conhecida como a terra do Fogo e do Gelo por nada e tem, em igual medida, vulcões e glaciares com nomes impronunciáveis, como Fjallvatnaköfujullónn (ou algo parecido, nem vale a pena pesquisar porque qualquer semelhança com a realidade será pura coincidência…), mas que não pode deixar de visitar. Perto do Círculo Polar Ártico, a Islândia marca ainda a divisão entre a Europa e a América e é muito fácil perceber quando estamos com um pé num continente ou no outro, porque há um evidente desnível entre as duas placas tectónicas. Melhor ainda para os amantes de mergulho, que podem nadar entre as duas placas, na fissura de Silfra.  

Onde ficar: A Blue Lagoon, a 45 minutos da capital, é uma das mais famosas e fotografadas lagoas geotermais (de água quente) do país e os dois hotéis ali nascidos estão entre os mais procurados. Sobretudo o Retreat, que tem até uma suíte com entrada privada para a lagoa. Preços desde 493 euros. Em Reiquiavique, o Apotek Hotel tem excelente localização, em pleno centro, numa zona de comércio e restaurantes. Não que a cidade seja grande, mas o Apotek acrescenta ainda uma atmosfera acolhedora, decoração de extremo bom gosto e staff eficiente (desde 200 euros).

Como Ir: Não há voos diretos de Portugal para Reiquiavique, pelo que terá de fazer escala, com a viagem a durar, no mínimo, umas sete horas.

I Love Paris in the fall

A cidade “das luzes”, “dos amantes”, o “farol da Europa…” Já se utilizaram tantos adjetivos para descrever a capital de França (nem todos bons como estes, é certo), porque Paris tem realmente uma aura especial. Os cafés e as esplanadas, os bistrots e os bar a huitres (ostras), as lojas e os boulevards onde é tão agradável caminhar.

Nem de propósito, no dia 11 de novembro celebra-se o dia do Armistício (da Primeira Guerra Mundial) com uma enorme parada militar que desce do Arco do Triunfo pelos Champs Élysées onde, além do poderio militar, oferece geralmente um apontamento de humor e modernidade também, como no último ano, quando a banda tocou Daft Punk – e marchou em conformidade. Mais uma boa desculpa para visitar Paris nesta época, quando as folhas caem e a oferta cultural sobe no ritmo inverso: se antes só havia espetáculos para turista ver, agora o Grand Palais recebe uma retrospetiva (9 outubro a 27 de janeiro) da vida e obra de Toulouse Lautrec, a maior desde 1992. Para se perceber a importância que os parisienses estão a dar à exposição, só outra rivaliza em atenção: os 500 anos da morte de Leonardo Da Vinci, no Louvre (24 de outubro a 24 de fevereiro) que reúne obras vindas dos mais prestigiados museus do mundo – e até uma da Faculdade de Belas Artes do Porto, a única obra do mestre existente em Portugal.

A não perder: E que tal uma visita VIP ao Louvre, de noite, depois de o museu fechar e das hordas de turistas já se terem retirado? Duas horas e meia para percorrer o museu sem empurrões, com guia e seguida de uma prova de vinhos e queijos num bar próximo. Um luxo com o custo de 104 euros, para marcar aqui. Outra boa dica para fugir às filas nos museus, e ainda se deslocar muito mais facilmente por Paris será comprar um CityPass. Por 120 euros pode utilizar os transportes públicos que quiser, autocarros hop on hop off, fazer um cruzeiro no Sena e ter entrada prioritária em mais de 60 museus, entre os quais o próprio Louvre, o museu d’Orsay, no Arco do Triunfo, no Panteão, no Pompidou e até no Palácio de Versailles e em Fontainebleau.

Onde Ficar: Com tanta oferta não terá dificuldade em escolher um hotel, mas se começar a fazer uma check list – ambiente, decoração, serviço, preço – não encontra muito melhor do que o novo Hotel Des Grands Boulevards, no Boulevard Haussmann (desde 120 euros). O hotel tem 50 quartos e é a nova aposta do grupo Experimental, que começou aqui mesmo, em Paris, com um Experimental Cocktail Club e já abriu mais três hotéis na cidade e outros em Londres, Nova Iorque. Veneza, Verbier…

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Chic à la française

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