Volta à cidade em bicicleta Volta à cidade em bicicleta

Volta à cidade em bicicleta

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Os holandeses fazem-no. Os dinamarqueses fazem-no… Porque não o fazemos também? As vantagens de pedalar e as melhores bicicletas para o fazer.


Publicado em 26-Jul-2018

Primeiro vieram as ciclovias e, com elas, timidamente, as bicicletas. Depois, à medida que as ciclovias chegavam cada vez mais longe, o número de ciclistas aumentava, e quando entraram as bicicletas partilhadas, o seu número disparou. O cenário foi semelhante em muitas cidades portuguesas, de Aveiro a Cascais, de Vila do Conde a Torres Vedras. Em Lisboa, desde que o Gira entrou em funcionamento, o número de ciclistas mais do que triplicou – e com efeito de contágio, ou seja, se cerca de metade dos novos utilizadores se deslocam utilizando a rede partilhada, a outra metade fá-lo por meios próprios.

Andar de bicicleta é muito mais saudável e amigo do ambiente do que andar de carro. Passados alguns meses a comprar passes é até mais barato do que andar de transportes públicos. E muito mais rápido do que ir a pé obviamente. Por isso, porque não seguir o  exemplo de tantos países por essa Europa fora – e de um número crescente de portugueses?

O mercado das bicicletas urbanas está ao rubro e as propostas são cada vez mais interessantes, práticas e bonitas— de look retro stylish, ou modelos muito simples, sem qualquer mudança, futuristas bicicletas elétricas ou modelares, vai certamente encontrar a bicicleta que melhor se adequa às suas necessidades, gostos pessoais e carteira. Por cerca de 200 euros já encontra uma Órbita – a marca de bicicletas portuguesa cheia de estilo e qualidade – mas cuidado com as pechinchas, porque vai acabar por gastar mais dinheiro em peças ou num novo modelo. Um risco que não corre com estas propostas que lhe trazemos, nas quais pode dar a volta à cidade em bicicleta com a maior das facilidades.

Bicicletas dobráveis

É bem verdade que a maioria das cidades portuguesas não é muito amiga da bicicleta: empedrados em mau estado, estradas e alcatrão degradados, carros mal estacionados e mais um rol infindável de obstáculos, falta de espaço para guardar as bicicletas, prédios sem elevador ou com elevadores diminutos que impossibilitam o transporte, são apenas alguns dos problemas que encontramos. Nem tudo é uma ciclovia vermelha, mas as bicicletas dobráveis podem minimizar muitos desses problemas. São muito mais simples de transportar, proteger contra roubos ou levar em transportes públicos. Além disso, as rodas pequenas são mais robustas e eficientes até aos 25 km/h e praticamente tão eficientes como as maiores até aos 50. E quantas vezes vai andar na cidade acima dessa velocidade?


A bicicleta portuguesa

A Órbita é uma marca nacional, nascida em Águeda, em 1971, e a viver uma nova época de ouro, fruto de uma nova política de industrialização e comercialização. Exportam cerca de 80% do que produzem e ganharam o concurso para fornecer as bicicletas partilhadas de Lisboa, tal como já tinham ganho projetos semelhantes em Paris e Viena. A gama de modelos urbana é extensa  – dobráveis, retro, single speeds, tandem (duas pessoas) ou cargo –, tanto para homem como para mulher. E tem a particularidade de muitos dos seus modelos terem o nome de cidades portuguesas: Lisboa, Porto, Aveiro, Estoril, Évora, Sines, Sintra ou Tavira.


Outra luz

Certamente que a sua bicicleta tem tudo o que precisa, mas os acessórios certos podem fazer a diferença. É o caso do Blaze Laser Light, que não se limita a iluminar o caminho, mas projeta uma bicicleta verde seis metros à sua frente, alertando assim os outros condutores da sua presença iminente.  Um alerta que pode ser precioso. E porque as preocupações com a segurança nunca são demais, que tal este capacete JB Special Carrera Foldable Helmet, da marca de bicicletas italiana Abici? Um verdadeiro 3 em 1: protege a cabeça, melhora o seu visual e ainda é modular, fechando, para ser muito mais prático e fácil de arrumar.  Aliás um extra de arrumação pode vir a ser muito conveniente, como este alforge da marca Basil.


Bicicletas há muitas

Já diria o saudoso Vasco Santana. A começar pelos grandes armazéns de desporto, como a Sport Zone ou a Decathlon, que oferecem uma vasta gama de modelos, e continuando até à Specialized, provavelmente a maior marca do mundo. Outras são mais artesanais, como a Abici, ou a Tokyobike. Algumas nasceram de uma necessidade especial, como a dinamarquesa Nihola, bicicletas com capacidade de carga para transportar as crianças, os cães ou até cadeiras de rodas. No caso da holandesa VanMoof, a ideia foi criar uma bicicleta à prova de roubo. Todas as bicicletas incluem um cadeado dentro do quadro da bicicleta, que só pode ser aberto através da sua impressão digital ou da app, no telemóvel. Mas o quadro tem também um emissor de GPS, que permite a uma zelosa equipa da VanMoof encontrar sempre a sua bicicleta, mesmo quando é levada pelos amigos do alheio para qualquer parte do mundo. O compromisso da marca aliás é este: ou encontram a sua bicicleta em duas semanas ou oferecem uma nova.

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