Top ten: os melhores automóveis elétricos de 2021 Top ten: os melhores automóveis elétricos de 2021

Top ten: os melhores automóveis elétricos de 2021

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Do mais pequeno citadino ao grande desportivo, prepare-se para ser conquistado com a melhor oferta de elétricos à venda em Portugal.


Publicado em 30-Abr-2021

Entre os peritos, a opinião mais consensual parece confirmar que a revolução dos veículos elétricos (EV) ainda não aconteceu, mas está mesmo ao virar da esquina. De facto, com cada vez mais autonomia, carregamentos mais rápidos e uma oferta que chega praticamente a todas as marcas, os argumentos contra os elétricos desanimam a cada dia que passa. Por isso fomos à procura de novidades, talvez não das mais frescas, porque essas ainda não chegaram ao mercado, mas dentro dos modelos em que pode sair ao volante se entrar no stand.

Mercedes EQA

O Mercedes GLA chegou aos elétricos. Claro que agora se chama EQA, e é o mais pequeno SUV elétrico da marca de Estugarda. A entrada da gama, numa família que até ao fim do ano deverá crescer com mais três modelos. Os mesmos interiores elegantes da versão a gasolina, mas um pouco menos de espaço nos bancos traseiros e na bagageira, culpa da colocação das baterias. Para já chegou apenas a versão 250, que não é propriamente a mais poderosa, senão vejamos: 8,9 segundos para ir dos 0 aos 100 e autonomia para 426 km, segundo a norma WLTP. No mundo real será ainda um pouco menos, mas em princípio suficiente para uma utilização normal – até porque o carregamento rápido consegue levar a bateria dos 10% aos 80% em apenas meia hora. Preços a partir dos 53.750 euros.

Volvo XC40 Recharge

O Volvo XC40 provou ser um dos melhores SUV familiares, e depois das versões movidas a combustíveis fósseis e híbrida, chegou a vez da 100% elétrica. Felizmente as baterias não roubaram espaço ao habitáculo, nem sequer à bagageira, pelo que mantém as mesmas dimensões generosas e ganhou até um espaço extra de arrumação, sob o capot. O Recharge promete ser o primeiro de muitos, porque, como a Volvo anunciou, pretende tornar-se totalmente elétrica já em 2030 – daqui a nove anos apenas! Quanto a este XC40, vai obviamente buscar muita tecnologia à Polestar, a submarca do grupo criada precisamente para produzir este tipo de veículos, e por isso demora apenas 40 minutos a passar de totalmente descarregada para 80%, tal como o Polestar 2, embora depois a autonomia se fique apenas pelos 418 km, WLTP. Por outro lado, inaugura um novo sistema de infotainment desenvolvido com a Google, e a aceleração aos 100 faz-se em menos de cinco segundos – só não a experimente com as crianças a bordo. Preços desde os 57.151 euros.

Honda E

O E tem um design claramente diferente. Adorado por muitos (ganhou até um Red Dot Design Award), mas odiado por outros, é claramente um dos automóveis mais discutidos dos últimos tempos, e as cores disponíveis, como o amarelo e o azul-elétrico, só ajudam a essa discussão. Tal como algumas soluções inesperadas, como a entrada de carregamento situada no meio do capot ou a total dispensa de espelhos retrovisores –substituídos por câmaras, que saem apenas ligeiramente da estrutura e por ecrãs interiores em ambas as  extremidades do painel frontal, que acaba por estar totalmente ocupado por ecrãs. Apesar destas singularidades, tem um ligeiro toque retro, tanto no exterior como no interior, em que o tablier até faz lembrar os anos 1970. Pensado para as cidades, o pequeno Honda oferece boas acelerações, mas não grandes velocidades, e um comportamento ágil. Já a autonomia fica um pouco curta, com 220 km, WLTP, até porque não é barato, começando os preços nos 36.360 euros.

Renault Zoe

Por alguma coisa o Zoe é o elétrico mais vendido na Europa. E ficou ainda melhor aqui há uns meses, quando a Renault fez um update. Não um facelifting, porque mal se percebem as diferenças exteriores, mas o interior foi todo renovado, com melhores materiais, reciclados ou mais premium, e um ecrã maior. E depois ainda temos aquelas coisas que nem sequer se veem, mas que se sentem, como os motores mais rápidos e a bateria mais poderosa oferecendo agora 395 km na norma WLTP. Fantástico para o segmento e para o preço, a partir de 32.760 euros.

Novo Fiat 500

Chama-se mesmo o Novo 500 e agora é totalmente elétrico. Acabaram-se os modelos de combustão neste bebé. É também o primeiro a introduzir o novo sistema de infotainment do grupo, que está especialmente bom, e o primeiro citadino a oferecer Condução Autónoma de Nível 2. Continua também a ser o mais cool… Alegadamente. Chega em versão normal, Cabrio e 3+1, com uma porta de sentido inverso para os passageiros de trás. Por fora, o mesmo ar retro, embora com algumas diferenças mais futuristas, como a grelha frontal e os faróis. Por dentro, reina a elegância (embora nem sempre a qualidade) e pode até optar por tapetes e tecidos parcialmente reciclados. A autonomia situa-se nos 320 km em ciclo combinado WLTP e o preço começa nos 37.900 euros.

Lexus UX 300e

Parece que foi ontem (foi há dois anos) que a Lexus introduziu o seu primeiro SUV citadino, e agora transformou essa plataforma no primeiro 100% elétrico da marca – que, recordemos, foi pioneira na adoção de modelos híbridos. A parte boa de ter um Lexus elétrico é a lendária qualidade de construção da marca nipónica, e o interior é de um absoluto e convidativo silêncio. Mais: o design ousado, que gerou tantos comentários positivos – e alguns negativos, permanece inalterado, tanto no exterior como no interior. Quanto à autonomia, fica-se pelos 320 km, o que para o preço, a partir dos 52.500 euros, podia ser melhor.

Ford Mustang Mach-E

Mustang. Um dos nomes míticos da indústria automóvel, e o escolhido para batizar o primeiro SUV totalmente elétrico da Ford. Exatamente, o Mustang deixou de ser um desportivo puro e virou um desportivo utilitário – sinal dos tempos, e da moda do mercado. Felizmente os engenheiros da Ford garantiram que quem procura sensações fortes as continua a encontrar, sobretudo com a versão GT, que faz dos 0 aos 100 em 3,7 segundos. As normais não chegam a ser lentas, a pior faz 6 segundos, mas também não são desportivas. Em autonomia, o Mach-E comporta-se bastante bem, começando nos 450 km na versão com tração atrás e 420 na 4WD, e chegando aos 600 com o pack Autonomia Alargada. Os preços começam nos 49 mil euros e terá de somar mais 8 mil, sensivelmente, por este último (a versão GT só chega no final do verão). A Ford garante também que em 10 minutos de carga rápida consegue mais 119 km e isso é, basicamente, o tempo de um café. Mas se preferir pode deixar-se ficar dentro do Mustang, onde os interiores são bastante espaçosos e confortáveis, com um grande ecrã central a lembrar a Tesla.

Kia e-Soul

Era uma vez um mundo em que os automóveis eram todos parecidos… e depois chegou o Kia e-Soul. Descontraído, divertido, goste-se ou nem por isso, não passa despercebido. O interior segue a mesma filosofia visual, é generoso, confortável e vem recheado de pequenos extras, como as patilhas, no volante, para controlar a regeneração de bateria na desaceleração. Em settings mais altos permite até dispensar totalmente o pedal do travão, permitindo uma condução com um pedal, apenas. Outras coisas que merecem ser destacadas: a garantia de sete anos, e as baterias, que permitem uma autonomia superior aos 400 Km. Preço: a partir de 38.000 euros

Volkswagen iD3

Com este automóvel a Volkswagen gostava de recriar o mito do Carocha ou do Golf, os verdadeiros carros do povo. O iD-3 para o século XXI, claro. E decididamente tem argumentos para o fazer, a começar pelo aspeto exterior, algures entre o clássico e o moderno, desportivo ma non troppo. Ou seja, não pretende propriamente distinguir-se, como outros, mas agradar a muitos pela subtileza. A mesma filosofia nos interiores, espaçosos e confortáveis para toda a família, mas não demasiado premium, a ponto de afetar o preço. O comportamento é bastante agradável, tanto em cidade como em estrada, e a autonomia chega aos 420 km, um valor bastante aceitável, em linha com o preço, a partir dos 39.537 euros.

Porsche Taycan

Definitivamente Porsche, de corpo e alma, este é o elétrico que até os adeptos mais acérrimos da gasolina não se importavam de ter. O Porsche é incrivelmente rápido – consegue fazer dos 0 aos 100 em 2,8 segundos (!) e alcança uma velocidade máxima de 260 km/h. Tem autonomia para 484 km WLTP, e consegue carregar 100 km em 5 minutos. É extremamente agradável de conduzir também – ou assim o dizem todos quantos se sentaram ao volante – sendo simultaneamente entusiasmante e confortável até para uma utilização diária. A posição de condução é irrepreensível, os interiores deslumbrantes e, claro, tanto elogio tinha de ter um preço: pode entrar na gama por 87.127 euros, mas isso só o leva até aos 5,4 segundos dos 0 aos 100. Para libertar todo o poder do Taycan Turbo S terá de pagar 193.399 euros!

Por C-Studio / Cofina Media

“As peças têm de dizer alguma coisa. Não vale a pena entrar em modas”

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