A Padaria Portuguesa aposta na sustentabilidade e na economia circular A Padaria Portuguesa aposta na sustentabilidade e na economia circular

A Padaria Portuguesa aposta na sustentabilidade e na economia circular

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Ao fim de mais de uma década e 63 lojas depois, A Padaria Portuguesa foca-se cada vez mais no produto e na sustentabilidade, explica Rita Neto, diretora de marketing.


Publicado em 26-Jun-2023

A Padaria Portuguesa nasceu com a ambição de criar uma pastelaria em cada bairro de Lisboa. Corria então o ano de 2010 e, como sabe qualquer pessoa que não tenha, entretanto, emigrado para Marte, de lá para cá esse objetivo foi totalmente cumprido. Tornou-se hábito, para muitos lisboetas, tomar o pequeno-almoço numa das 63 lojas da cadeia e o motivo, garantem-nos, será por oferecer produtos quase todos de fabrico próprio, com atendimento personalizado e num espaço acolhedor. “Os clientes já sabem o que podem esperar, em qualquer loja”, esclarece Rita Neto, a diretora de marketing.

Desde janeiro deste ano que começou também a planeada expansão para o Porto, onde já abriram quatro lojas e, mais importante, uma fábrica para as abastecer. Não será, portanto, difícil presumir que poderemos esperar mais algumas aberturas, em breve.  

Mas Rita Neto gostava, sobretudo, que as pessoas percebessem como, paralelamente a toda esta expansão, A Padaria Portuguesa mudou muito e tem vindo a fazer uma aposta crescente em dois pilares de sustentabilidade ao longo da última década: “Por um lado”, diz-nos, “fizemos uma aposta em produtos de origem conhecida e qualidade reconhecida e, por outro, em projetos de economia circular.” Repararam, por exemplo, como tinham “essencialmente três ou quatro grandes desperdícios em loja”, o que os levou “a pensar em formas de reutilizar esses produtos”. Procuraram assim criar uma linha de compotas de laranja feitas exclusivamente com as cascas desperdiçadas nos sumos naturais, ou até um biodiesel feito a partir dos óleos alimentares, que servisse depois para abastecer a frota de carinhas.

Do lado do produto, “temos agora um critério muito mais restrito e procuramos o mais possível que sejam produtos nacionais, e em dar a conhecer os seus produtores.” Por isso utilizam exclusivamente farinhas Paulino Horta ou, nos cafés, um blend produzido com café orgânico, “de agricultura e comércio responsáveis”, feito em exclusivo pela Delta. Por vezes surgem também edições limitadas, só disponíveis por um curto período, como é caso das Fougasse com Queijo Azul da Arrábida que se podem encontrar este mês de junho nas lojas. Esta espécie de focaccias são produzidas com queijo da queijaria artesanal Ortodoxo, em Azeitão e, antes, já tinham apresentado um pão artesanal de castanhas de Trás-os-Montes, de fermentação longa, ou um pão bicolor de carvão ativado e beterraba. “Produzimos cerca de 95% de tudo o que vendemos. E é controlando toda a cadeia de valor que conseguimos garantir que tudo corra bem”, diz-nos ainda neste vídeo de visualização obrigatória para quem já bebeu, pelo menos, um café numa das lojas d’A Padaria Portuguesa.