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Ambientalmente mais responsáveis

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A pandemia não vai afetar os planos de várias empresas em adotar uma atitude ambientalmente mais sustentável. A economia do futuro é verde e começa por nós.


Publicado em 21-Jul-2020

Consegue imaginar quantos cartões de crédito existem no planeta? Na Europa, o número ultrapassa os mil milhões e meio e nos Estados Unidos é (apenas) ligeiramente inferior. Falta somar a China, a Índia, o resto da Ásia… os números podem ser alarmantes pois uma boa parte deles acaba todos os anos em aterros ou lixeiras sem qualquer tipo de reciclagem. Mais um pesadelo ambiental que, felizmente, há quem esteja decidido a combater, como é o caso do Unibanco, que a partir de agora passa a emitir apenas “cartões ecológicos” – porque são feitos num tipo de PVC degradável. Uma iniciativa que representa um avanço naquilo que é a crescente tendência de utilização de cartões produzidos a partir de matérias-primas amigas do ambiente.

Estes novos “plásticos” têm na sua composição um substrato salino que atua como um aditivo degradante, assim que o material fica exposto a ambiente fértil. O tempo de validade não é afetado, nem a segurança, mas depois de abandonado inicia-se um processo de degradação que pode demorar apenas três anos, em vez das largas dezenas. Até se pode desfazer do cartão num canteiro lá de casa, em lugar de o cortar em vários pedaços distribuídos por diferentes caixotes de lixo… Quando não, este tipo de PVC degradável é muito mais fácil de reciclar ou até reutilizar na produção de energia.

Os novos cartões UNIBANCO

É reconfortante confirmar como esta pandemia não conseguiu abalar todos os bons planos e como, na área da sustentabilidade, várias empresas seguem determinadas a assumir uma atitude mais responsável e proativa. Ainda agora a Calzedonia anunciou estar a introduzir embalagens e caixas feitas exclusivamente de materiais reciclados, esperando com isso retirar mais de 82 toneladas de plástico do meio ambiente ao ano. O equivalente a 7,5 milhões de garrafas. Seguir-se-ão as outras empresas do grupo (Intimissimi, Tezenis e Falconeri), pelo que o impacto será ainda mais positivo.

São dois exemplos apenas, num mar deles, e nem importa se são muito ou pouco grandes, pois nesta luta todos os esforços contam e todos podemos ser heróis. Neste capítulo, o nosso país pode até ser considerado como um exemplo a seguir, caso da EDP, que voltou a ser incluída – pelo sétimo ano consecutivo – na Euronext Vigeo World 120, uma medida de desempenho que distingue as 120 companhias a nível mundial que incorporam e promovem as melhores práticas de sustentabilidade. Ou a Galp, que entrou no pódio mundial das petrolíferas do Dow Jones Sustainability Index (DJSI). É a primeira empresa da Europa e a terceira do ranking mundial, um lugar de enorme relevo atribuído pela Bolsa de Nova Iorque.

Ambientalmente mais responsáveis | Unibanco

Segundo um relatório da consultora Mckinsey, mais de metade das administrações consideram a sustentabilidade como um tema “muito ou extremamente importante”, e 76% defendem mesmo que a sustentabilidade contribui positivamente para o valor da empresa a curto e médio prazo. Para tal não basta obviamente tomar uma ou outra medida avulsa, tal como salvar o planeta não é uma missão para uma pessoa. Os recursos humanos devem promover cursos de sustentabilidade para envolver todos os trabalhadores e para os habilitar com as ferramentas necessárias à luta. A livre partilha de ideias e sugestões deve ser promovida, e ninguém deve desperdiçar uma oportunidade de optar pela solução ambientalmente mais responsável. Seja na hora de poupar papel, substituir uma lâmpada ou torneira, até à escolha do equipamento informático ou às definições energéticas da empresa. 

É igualmente importante trabalhar com fornecedores responsáveis, que partilhem a mesma visão, pois só assim se consegue garantir a eficácia das medidas ambientais ao longo de toda a cadeia de valor. Isto é válido para um pequeno restaurante, uma grande cadeia de lingerie, ou uma instituição financeira, como nos explica Marília Araújo, diretora do Unibanco: “A missão para a diminuição gradual da nossa pegada ambiental é clara, e o lançamento dos novos cartões Unibanco ecológicos representa um avanço naquilo que é a crescente tendência de utilização de cartões produzidos a partir de matérias-primas amigas do ambiente. Para além disto, temos apostado também na digitalização dos serviços que oferecemos aos nossos clientes e que tradicionalmente requerem um consumo de papel elevado, nomeadamente a adesão a cartões e crédito pessoal (que agora pode ser feito de forma 100% digital), a adesão ao extrato digital e a aposta na app Unibanco, a partir da qual os clientes podem gerir todos os seus movimentos sem deslocações.”

São pequenos passos para as empresas, mas somados acabam por representar um passo gigante para a humanidade.

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