Torres Novas 1845: A nova vida de um gigante do têxtil Torres Novas 1845: A nova vida de um gigante do têxtil

Torres Novas 1845: A nova vida de um gigante do têxtil

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Inês Vaz Pinto é diretora de comunicação da Torres Novas 1845, em tempos a mais importante fábrica de têxteis para o lar do país, que agora renasce pelas mãos de uma nova geração.


Publicado em 20-Jul-2023

Seria a mais antiga marca de têxteis de banho do país, mas não conseguiu competir com a avalanche de produtos baratos que chegavam da Ásia e, em 2011, foi declarada insolvente, para grande desgosto de Adolfo Lima Meyer, o último administrador da companhia, que nunca desistiu da ideia de a recuperar um dia.

Conseguiu passados uns anos e com a ajuda de três sobrinhos netos: Nuno Vasconcellos e Sá, Inês Vaz Pinto e Miguel Castel-Branco, que deixaram os seus empregos para investir de corpo e alma na recuperação da Torres Novas.

Como conta Inês, que se ocupa agora de toda a estratégia de comunicação e marketing, foi o que veio a acontecer em 2020. Com o turismo em franca expansão, a ideia inicial dos quatro mentores seria dedicarem-se quase em exclusivo ao mercado hoteleiro, mas a pandemia trocou um pouco as voltas a este plano e depressa se aperceberam de que teriam de apostar também nas pessoas, no cliente final.

Desde então a Torres Novas 1845 lançou diversas coleções de banho “sempre no melhor e mais suave algodão e gramagens generosas”, mas também toalhas de praia com padrões inspirados nos mais belos areais portugueses. A aposta na inovação e no fabrico seguia a passo com as visitas aos arquivos históricos, verdadeiras viagens ao passado que serviam como fonte de inspiração para o desenho dos novos produtos.

Já este ano nasceu uma mais uma coleção, agora de roupa de cama. As primeiras propostas são em algodão lavado, algo que já produziam para outras marcas, mas em breve podemos esperar a chegada de outros materiais também, como o cetim e o percal. A diretora de comunicação levanta um pouco mais o véu das novidades e revela como, para o ano, podemos ainda esperar propostas no setor de mesa, alargando assim uma oferta que continua a crescer, não só em propostas como em mercados, de Portugal para a Europa e para o resto do mundo. Como Inês Vaz Pinto gosta de dizer “devagarinho, vamos reconstruindo a Torres Novas.”