Como manter as equipas motivadas à distância Como manter as equipas motivadas à distância

Como manter as equipas motivadas à distância

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Manter a equipa feliz, unida e motivada à medida que o tempo passa em casa é fundamental para o sucesso da empresa


Publicado em 05-Mai-2020

A maioria das organizações ultrapassou as primeiras barreiras do teletrabalho. Mandaram as equipas para casa, agilizaram ferramentas tecnológicas e definiram metodologias novas, nas quais, provavelmente, as videoconferências ocupam um papel central. Mas, para criar um ambiente de trabalho verdadeiramente eficiente e produtivo, é fundamental motivar ainda mais as equipas, até porque, como descobriu a Harvard Business Review num estudo realizado entre os anos 2010 e 2015, em teletrabalho prolongado e imposto, a força de trabalho tende a desmotivar-se mais facilmente.

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Ou seja, há muitos argumentos em prol do teletrabalho, mas esta não é obviamente uma solução isenta de riscos e o seu sucesso depende em grande medida da forma como trabalhadores e administração encararem a situação. Por exemplo, um problema muito comum será a tendência desta para microgerir, deixando muito pouco espaço de manobra aos empregados, criando desconforto e focando-se (quase) em exclusivo nos pequenos problemas do dia a dia, em vez de se preocuparem com os grandes desafios que a organização terá de enfrentar. Muitos trabalhadores poderão, por sua vez, sentir necessidade de provar o quanto estão a trabalhar, caindo no erro oposto e ficando atolados em tarefas. Igualmente pouco produtivo.

Duas situações perfeitamente escusadas se ambos seguissem uma simples palavra: confiança. Trata-se de uma estratégia fundamental em teletrabalho, e não é a única.

Transparência e clareza

Se a sua organização não se chama CIA, então uma das melhores formas de motivar os colaboradores será partilhar as metas da empresa entre todos, sem segredos. Assim todos saberão para que lado remar, e a que velocidade. Aliás, por princípio é importante ter estes objetivos bem definidos, mas é-o por maioria de razão ainda mais fundamental nesta altura do campeonato. Cada trabalhador deve saber com clareza o que é esperado dele, em que prazos – mas atenção porque não vale mudar as regras a meio do jogo. Não se o objetivo é criar confiança entre trabalhadores e empresa. Reuniões de follow up são obrigatórias, embora a sua frequência possa depender muito do tipo de trabalho.

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Todos ligados

A colaboração é um ingrediente crucial numa equipa bem oleada, mas esta não se consegue sem comunicação, e nesta altura nada disto existe sem Internet. Por isso, será necessário que todos possuam as ferramentas tecnológicas para o fazer.

Regra geral, as conversas deverão ser abertas, menos quando um tópico for mais controverso ou gerador de tensões: nessas alturas será conveniente passar para plataformas mais privadas, para não ter discussões à frente de todos. Idealmente por telefone ou videochamada, pois a voz transmite muito melhor as emoções do que a palavra escrita. 

De seguida, devem então ser criadas reuniões regulares com todos os colaboradores, cada um individualmente e em grupo. As plataformas de instant messaging são fundamentais, e não apenas para o “trabalho”, pois não se pode menosprezar a importância da conversa de café…

Envolva-se

Não precisa de estar a par de todos os mexericos que acontecem por casa, tal como antes não estava a par de tudo o que acontecia no escritório, mas não tem mal nenhum em conhecer pessoalmente os seus colegas. Pelo contrário, uma certa dose de intimidade e cumplicidade ajuda a criar confiança e respeito. Como agora já não se cruzam no corredor ou na casa de banho, nem se encontram no café, perca algum tempo a discutir o último episódio de Ozark, as dificuldades em arrancar com os campeonatos de futebol ou as interrupções do mais pequeno da Maria, da contabilidade, durante a última videoconferência. Quanto mais tempo “perderem” nestas conversas aleatórias, mais fácil será arrancarem com a reunião a sério, à hora prevista.

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O tempo não se mede só em horas

Confiança não é acreditar que todos estarão a trabalhar às 9h00 em ponto para só sair às 18h00. Com as equipas em casa é inevitável que alguns membros, muitos mesmo, acabem por aspirar, lavar a roupa ou fazer qualquer outra tarefa doméstica durante as horas de expediente. Confiança é acreditar que, apesar disso, cada trabalhador vai cumprir com as suas obrigações no tempo combinado. Empoderar os trabalhadores é, como já vimos, um dos primeiros passos para ter uma força motivada e o foco deverá estar na produtividade, não no número de horas de “trabalho”.

Apostar na tecnologia

Já vimos também que nada se faz sem uma boa dose de tecnologia, e felizmente consegue-se já reunir algumas ferramentas incríveis por um preço bastante aceitável ou até grátis. Slack ou Teams são bons exemplos, mas algumas profissões necessitam de material informático e software específicos. É fundamental que as organizações entendam essas especificidades, pois nada destrói mais a motivação de um trabalhador do que ver o trabalho de horas desaparecer por falhas a nível técnico.

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