Como ajudar as crianças a comer legumes? Como ajudar as crianças a comer legumes?

Como ajudar as crianças a comer legumes?

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As receitas com legumes não têm de ser um problema. Sabor e diversão são os segredos para uma alimentação mais saudável!


Publicado em 11-Out-2019

A hora das refeições é, para muitas famílias, uma dor de cabeça. Se, para os adultos, os fatores “saúde” e “nutrição” são fáceis de perceber, com as crianças a conversa é diferente. Os mais novos criam muito facilmente relações de amor e de ódio com os alimentos. Pelo aspeto, pelo sabor ou mesmo pelo cheiro, há ingredientes que os levam ao choro e às birras e a nós, pais, ao desespero. Há algumas estratégias para fazê-los comer legumes mais facilmente, mas a palavra de ordem é mesmo paciência.

O poder do “obrigatório” e do “proibido”

As crianças aprendem cedo a força de palavras como “sim” e “não” e de ações obrigatórias e proibidas. Ao forçarem os legumes no prato, em detrimento de outros alimentos, vão estar a dar indicação da obrigatoriedade de os consumirem. Logo, vão começar a associar negativamente aquelas porções. Desvalorizem a importância de se comerem aqueles alimentos específicos e sirvam-nos de forma natural e proporcional no prato. Depois, com tempo, podem ir equilibrando as porções.

Envolvê-los nos processos

A curiosidade e a imitação são presenças assíduas no espírito de qualquer criança. Das tarefas domésticas à roupa que os pais vestem, os miúdos gostam de se portar “como gente grande”. Quando estiverem a preparar as refeições, deixem que eles participem! Tornem o período que passam na cozinha em tempo de qualidade em família. Atribuam-lhes tarefas como lavar ou temperar os legumes, deixem-nos escolher o recipiente no qual vão servir. Na hora de provar, elogiem o trabalho e o sabor. Vão ficar tão orgulhosos que vão querer, também eles, comê-los!

Como ajudar as crianças a comer legumes? | Unibanco

Apelar aos sentidos

Ainda que cada alimento tenha como principal característica o sabor, os outros sentidos também influenciam o gosto. Não é à toa que existe a expressão “os olhos também comem”. Podem definir cores diferentes para os dias da semana que estão presentes ao longo do dia – por exemplo, na roupa e nos snacks – e que, no fim, culmine com a mesma cor no prato!

O cheiro e a textura de determinados legumes também pode fazer as crianças torcerem o nariz: tempere de forma a disfarçar o cheiro e teste diferentes maneiras de o cozinhar, para ver que textura agrada mais aos pequenos! Uma das formas mais fáceis de fazer as crianças comer legumes é disfarçá-los numa sopa passada. O problema? Eles também não são fãs de sopa, porque já sabem que é… obrigatória. A opção dos smoothies deve ser posta em cima da mesa… e na lancheira! Para eles, é um sumo colorido, para si, os nutrientes tão necessários! Há receitas simples, saborosas, coloridas e nutritivas que vão agradar aos filhos, mas também aos pais.

Brincar a comer, porque não?

Sem nos apercebermos, podemos estar a tornar a refeição um ambiente demasiado formal (outra vez o “obrigatório”!), em que há um conjunto de regras que, para os mais novos, tornam o tempo passado à mesa “uma eternidade”. Tire todos os formalismos da refeição, permitindo – sem abusos! – que se façam intervalos, que se converse, e até que se brinque com a comida! Surpreenda os petizes com uma apresentação divertida da refeição, com desenhos feitos com comida. Cantem canções alusivas às refeições ou mesmo aos alimentos (a famosa música do coelhinho que come a cenoura, por exemplo). Eles vão sentir o ambiente mais descontraído e comer com mais vontade!

A chantagem não tem lugar à mesa

A última é regra de ouro: não chantagear as crianças. Se, refeição após refeição, um determinado legume for motivo de choro e de birra, procurem alternativas. Não recorram a chantagens como “então não comes sobremesa”, porque aí eles vão ficar mais nervosos e ganhar mais anticorpos. Da mesma forma, não prometam castigos nem façam comparações com os irmãos ou outras crianças. O reforço deve sempre ser positivo – “boa, comeste tudo!” mas nunca vir associado a recompensas ou castigos. A mensagem que se deve passar é a de que os alimentos são bons, não que têm consequências no quotidiano.

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