Estratégias para planear grandes despesas sem comprometer o futuro
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Publicado em 14-Out-2025
Planear grandes despesas exige mais do que boa vontade – requer estratégia, disciplina e uma gestão financeira equilibrada. Seja para investir, renovar ou concretizar um objetivo importante, o segredo está em saber como alinhar cada gasto com a sua realidade financeira.
Por exemplo, uma obra de renovação da casa, a compra de um carro novo ou a amortização/antecipação de uma dívida de crédito(s) podem compreender valores demasiado avultados para a maioria das carteiras dos portugueses, mas há investimentos que não podem deixar de ser feitos.
Daqui, nasce uma pergunta: como equilibrar gastos e poupança e proteger o seu orçamento mensal quando é necessário realizar uma grande despesa?
Como identificar e organizar grandes despesas?
A necessidade, a janela de oportunidade e a sua saúde financeira são três pontos que o ajudarão a identificar o momento em que deverá ou não efetuar despesas de grande valor.
- No caso da necessidade, poderão estar incluídos, por exemplo, a compra de um automóvel, o pagamento de créditos que ameaçam o planeamento financeiro familiar ou uma despesa relacionada com a saúde.
- Já no campo da janela de oportunidade, poderemos estar a falar de uma substituição do telhado que só pode ser realizada nos meses de verão ou na compra de produtos e serviços em promoção.
- No que diz respeito à sua gestão financeira pessoal, esta só estará preparada para acomodar uma despesa de grande valor se, simultaneamente, a sua taxa de esforço for reduzida (menos de 35%, de acordo com o Banco de Portugal) e a sua taxa de poupança o permitir.
Assim, procure hierarquizar as despesas de maior valor em função da premência da sua necessidade e, sobretudo, da sua capacidade financeira para as satisfazer.
Lembre-se de que, a menos que se trate de uma despesa relacionada com o pagamento de créditos ou saúde, a sustentabilidade do seu orçamento mensal estará sempre em primeiro lugar.
A importância de criar um fundo de poupança
Garantir finanças pessoais equilibradas que lhe permitam pensar em investimentos de maior escala terá de passar não só por boas decisões financeiras (nomeadamente, pela contratação do crédito pessoal adequado), mas também e sobretudo por boas estratégias de planeamento financeiro que incluam a criação de um fundo de poupança.
Criar e alimentar um fundo de poupança irá, em primeiro lugar, obrigá-lo a disciplinar os seus gastos (o que, já de si, é algo de positivo) e a ser mais criterioso nas compras que faz.
Para além disso, este tipo de fundo poderá permitir-lhe acautelar o futuro, já que poderá utilizá-lo quando surgir um qualquer imprevisto ou aproveitar as boas condições oferecidas num dado momento para realizar um investimento.
Mas, afinal de contas, como se amealha para grandes despesas através de um fundo de poupança?
Ainda que o valor a constar do seu fundo de poupança possa variar em função das suas obrigações financeiras mensais e do seu rendimento, o valor de referência para a criação de um fundo deste tipo é de seis dos seus ordenados.
Por exemplo, caso o seu agregado familiar tenha despesas mensais na ordem dos 1.000 euros, será útil que o seu fundo de poupança seja de cerca de 6.000 euros.
Isto falando de um trabalhador por conta de outrem, já que, caso seja um trabalhador independente ou tenha uma empresa, o valor do fundo deve subir para poder acautelar um ano de despesas.
Quando deve usar um crédito como ferramenta de apoio?
Quando bem utilizado, o crédito poderá ser uma verdadeira ferramenta de apoio. Porém, tal só acontece quando a carteira permite e o crédito a ser contratado lhe oferece taxas de juro competitivas.
Para os exemplos que se seguem, vamos partir do princípio de que a sua gestão financeira familiar é exemplar, o que lhe permite aproveitar a oportunidade de tornar a sua casa energeticamente eficiente a um preço mais baixo.
Perante esta situação, decide pedir um crédito pessoal para despesas maiores.
Neste situação, aceda ao nosso simulador de crédito pessoal UNIBANCO, ferramenta que não só lhe permitirá ficar a saber com que prestação mensal poderá contar em função da escolha de prazos de reembolso e montantes de financiamento, como também qual a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) e a Taxa Anual Nominal (TAN), além do Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) associados.
Quanto menores forem a TAEG e a TAN, menor será o valor total do empréstimo, ou seja, menos dinheiro terá de desembolsar e mais acessível lhe ficará o crédito.
Poderá, no entanto, dar-se o caso de já ter dois ou mais créditos ao consumo contratados, algo que poderá impedi-lo de obter uma resposta positiva à sua solicitação de um empréstimo pessoal.
Na eventualidade de o seu carro avariar e precisar dele para se deslocar para o trabalho, a urgência de um financiamento deve levá-lo a procurar um crédito consolidado, uma solução financeira que junta todos os seus créditos num só e que ainda lhe permite usufruir de um financiamento adicional que poderá, então, utilizar para adquirir uma nova viatura.
Além disto, ao recorrer a um crédito consolidado, verá a sua prestação mensal baixar até cerca de 60% comparativamente à média dos anteriores créditos, o que lhe garantirá uma maior taxa de poupança e uma menor taxa de esforço.
Manter o equilíbrio entre gastos imediatos e objetivos futuros
Quaisquer que sejam as estratégias de planeamento financeiro que decida seguir, o equilíbrio entre gastos imediatos e objetivos e despesas futuros deve ser sempre acautelado. Mas como?
A primeira ação deve ser sempre a criação de um orçamento mensal que identifique as suas despesas correntes e preconize atos de poupança que lhe permitam diminuir os gastos.
Além da consolidação de créditos, essas estratégias de poupança podem e devem passar por um corte significativo nas compras por impulso, uma maior utilização dos transportes públicos em detrimento do carro e uma renegociação dos seus contratos de energia e telecomunicações.
No caso de gastos com a conta de eletricidade, por exemplo, pondere reduzir a potência contratada (se possível), algo que poderá valer-lhe uma poupança de até 30 euros por mês.
Já no que toca a planear grandes despesas futuras em concreto, tenha sempre em consideração o total da poupança que será necessário empreender para satisfazer esses gastos, as condições oferecidas pelo mercado financeiro e o impacto da taxa de inflação.